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Ritmo veloz para repor estoques

Gazeta Mercantil - 14/01/2008

Férias canceladas ou adiadas e muita correria para entregar os pedidos extras. Foi assim o fim de ano das fabricantes de eletrodomésticos Whirlpool (Brastemp e Consul) e Mabe (Dako e GE). "Papai Noel foi generoso com a gente", brincou Sérgio Leme, diretor de vendas da Whirpool no Brasil. Não era para menos. No comércio, a demanda de final de ano fez lojistas cancelarem liquidações, como a tradicional Liquida São Paulo, realizada há 19 aos nos shoppings da capital paulista, que costuma oferecer até 70% de descontos em vários produtos. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), Nabil Sahyoun, com o aumento das vendas no período de Natal, as liquidações não fariam sentido, porque os varejistas não têm estoque para desovar. Dados da Federação de Comércio de São Paulo mostram que a venda do segmento de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos no último ano cresceu 12%. Em 2006, esses produtos apresentaram queda de 7,3% nas vendas, o que contrariou as expectativas do mercado, principalmente com a demanda da Copa. A pujança do momento tem fatores bem claros, de acordo com Leme. Para o executivo, a queda da taxa de juros e o crescimento da massa salarial foram decisivos. A expectativa da Fecomercio-SP é que as vendas de eletroeletrônicos e eletrodomésticos cresçam 4% em 2008. O que é considerado bom, visto a base alta do ano anterior. Além disso, neste ano, "as operações de crédito devem chegar a R$ 600 bilhões (US$ 340,9 bilhões)", afirma Dellarosa, contra R$ 560 bilhões (US$ 318,2 bilhões) de 2007. A expectativa para 2008 é que o setor mantenha os preços estáveis, segundo Ramos. "Acreditamos que o fim da CPMF deverá ajudar a manter os preços nos níveis atuais, contrabalançando, em parte, os aumentos esperados nos insumos", diz Ramos. Na ponta de venda para o consumidor, os produtos já tiveram uma forte redução em 2007. Eletroeletrônicos e eletrodomésticos, tiveram queda de 12,78% e 1,06%, respectivamente, segundo Índice de Preços no Varejo (IPV) da Fecomercio-SP.