30/11/22 11h43

Rio Preto: economia em um novo ciclo de crescimento

Ao contrário da economia mundial, os juros poderão começar a deixar de ser um empecilho para o crescimento

Diário da Região

O desempenho da economia brasileira em 2022 foi melhor do que a expectativa e previsões de especialistas. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano saltou de 1,8% em janeiro para 2,8% em novembro, segundo o Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea). Os dois setores responsáveis pelo bom desempenho são o de Serviços e a Indústria. 

Economistas, mercado financeiro e o Governo Federal preveem o fechamento de 2022 com a produção do setor de serviços crescendo 3,9% e, a indústria, 1,7%. Até o final de dezembro a perspectiva é que a expansão do consumo das famílias cresça 3,7%, as exportações 2,5%, o consumo do Estado, 1%, e as importações vão fechar o ano estáveis. 

Esse cenário da economia brasileira que surpreendeu muita gente se dá mesmo diante de graves problemas da piora do quadro da economia mundial, como a alta da inflação nos Estados Unidos e na Europa, a guerra entre Rússia e Ucrânia e a política de Covid zero e lockdowns na China, e a desesperada necessidade de combater a inflação global com aperto monetário. 

Um dos motivos para o descolamento dos indicadores nacionais dos internacionais é que diferentemente dos países desenvolvidos e de outros emergentes, o Brasil antecipou o aperto monetário. Há mais de um ano o Banco Central iniciou os ajustes internos e, neste momento, a indicação é do início da queda da taxa Selic, que regula o mercado de juros. 

Ao contrário da economia mundial, os juros poderão começar a deixar de ser um empecilho para o crescimento. A revisão das taxas de crescimento são constantes e surpreendem empresários e o mercado, aliviando os custos do dinheiro e dos investimentos. 

A recuperação da economia brasileira este ano não foi um passe de mágica. Passa pelas reformas que o governo federal realizou nos últimos três anos, decisões que permitiram o aumento da renda e diminuição dos impostos e dos investimentos contratados que devem dar ao Brasil um cenário diferente de outras regiões, diz o Ipea. As medidas provocaram um crescimento substancial no mercado de trabalho, a retomada lenta dos indicadores pré-pandemia, a melhora no comportamento dos preços de bens e serviços e a melhora na confiança do consumidor, fundamental para o crescimento consistente. 

Fatores como a reacomodação dos preços agrícolas internacionais, previsão de safra recorde no agronegócio e o controle dos preços administrados pelo governo. Diante dessas expectativas, com tais medidas, espera-se uma queda acentuada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

Na região de Rio Preto, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo Noroeste Paulista (Ciesp) viveu e se supera da pandemia e as das crises geopolíticas globais que desorganizam a produção, a circulação de matérias primas e de mercadorias. Chegamos ao final de mais um exercício firmes e estruturados para os novos desafios nos cenários interno e externo. A região chega a novembro de 2022, exportando US$ 1,59 bilhão. Crescimento de 34,1% na comparação interanual. Importações US$ 273,7 milhões. Embarcamos açúcares e produtos de confeitaria (50,8%), carnes e miudezas, comestíveis (19,8%), preparações alimentícias diversas (6,8%) e metalurgia como carrocerias. Compramos alimentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e adubos ou fertilizantes. 

A indústria, embora seja apenas o terceiro segmento da economia nacional em empresas instaladas, ela significa cerca de 30% do PIB nacional e, por isso, seu crescimento é fundamental para se conseguir os números com os quais fecharemos o ano. Qualquer variação no setor, o impacto é grande na economia brasileira. Um dos motivos, é que é o setor que mais absorve ciência e tecnologia e aumenta a sua capacidade de inovação, produção e renda. 

fonte: https://www.diariodaregiao.com.br/economia/riopretoeregiao/economia-em-um-novo-ciclo-de-crescimento-1.1026051