Rio Preto é a 4ª cidade do País em expansão de franquias
Diário da RegiãoCom alta de 30,6% no primeiro semestre de 2022 em relação ao primeiro semestre do ano passado, Rio Preto desponta como uma das líderes no segmento de franquias no Brasil. A cidade está na quarta posição no ranking nacional da Associação Brasileira de Franchising (ABF) que mede o crescimento de unidades e é a primeira da lista que não é capital de estado. Este dado reforça o indicativo de que a cidade é um dos principais berços de franqueadores, mas também de franqueados.
Segundo os dados da ABF, Rio Preto passou de 1.044 unidades entre janeiro e junho de 2021 para para 1.363 franquias instaladas nos seis primeiros meses deste ano, o que representa uma alta de 30,6% no período pesquisado.
Aberta no primeiro semestre do ano passado, a FiChips celebra o crescimento neste ano com o aumento do faturamento. A empresária Júlia Suzuki decidiu investir na cidade por já conhecer a vocação de Rio Preto para o empreendedorismo.
“Já morávamos aqui na cidade e a economia em Rio Preto é aquecida, principalmente quando falamos em franchising, já que a cidade se destaca como berço de franquias de sucesso. Por isso, escolhemos também a praça de alimentação de um shopping center, local de grande circulação diária de pessoas”, disse.
Ainda de acordo com o estudo, é possível avaliar a digitalização crescente dos negócios por parte dos franqueados, o que proporcionou o lançamento de novos modelos de negócio e propostas de serviços.
“As pessoas exploraram novos nichos, aceleraram sua expansão, o que refletiu no crescimento do número de operações nessas cidades. A tendência é que a capilaridade avance ainda mais e a interiorização das franquias se intensifique nos próximos anos”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Franchising, André Friedheim.
“Rio Preto é reconhecida como um celeiro de franqueadoras, sendo a cidade-natal de algumas redes consolidadas e a sede de outras renomadas, que figuram, inclusive, entre as 50 maiores redes do Brasil – e com presença internacional”, afirma Rógerio Gabriel, diretor-regional da ABF para o interior de São Paulo.
Estudo
O estudo feito pela ABF abrangeu todos os estados do País nos primeiros seis meses deste ano. Manaus lidera o ranking pela primeira vez. Com expansão de 35,1%, saltando de 1.206 para 1.629 operações, a cidade exibe o reflexo da retomada do segmento de Hotelaria e Turismo, uma das principais vocações da cidade.
Em segundo lugar está Cuiabá, capital de Mato Grosso, com variação positiva de 31,7%. Com isso, a cidade quebrou a barreira das mil franquias abertas, passando de 840 para 1.106 unidades. Segundo a ABF, o crescimento possivelmente está associado ao agronegócio.
Belo Horizonte fecha o pódio das líderes em franquias com expansão de 30,9%, de 3.435 para 4.497 operações. Segundo a associação dos franqueadores, o aumento está ligado à maior demanda por turismo e pelas commodities.
Rio Preto ocupa a quarta posição. A seguir, na quinta posição, vem outra cidade paulista, mas da região metropolitana de São Paulo: Santo André, com 27,7% de variação e salto de 1.020 para 1.303 unidades.
Da sexta à nona posição as capitais voltam a aparecer, com Curitiba (PR) em sexto lugar, Florianópolis (SC), Salvador (BA), Campo Grande (MS), e Jundiaí (SP).
Para André Friedheim, a recuperação do setor de franquias vai muito além dos fatores locais e têm a influência da pandemia de Covid-19, que exigiu mudanças no modo de funcionamento dos estabelecimentos.
“Além de fatores locais, essa expansão se deve ao movimento de recuperação do franchising após dois anos de pandemia; das redes aproveitando os espaços vagos e melhores condições de negociação; àquelas que estavam melhor estruturadas e que conseguiram se adequar mais rapidamente ao novo cenário, retomando também de forma mais ágil seus planos de expansão”, afirma.
Investimento deu certo
Ainda que os obstáculos fossem grandes no pós pandemia, quem optou por abrir uma franquia, celebra. A empresária Júlia Pimenta Suzuki começou a operar em 2021 e, mesmo com as dificuldades econômicas do período, viu a franquia FiChips, especializada em culinária inglesa, crescer e se adaptar às mudanças que surgiram nesse período.
“O mercado de alimentação teve momentos difíceis no ano passado devido à pandemia. Porém, conseguimos dar a volta por cima, tanto que abrimos a unidade no início do segundo semestre. O negócio teve aceitação de cara, muito por ser especializado na culinária inglesa. Com os casos de Covid-19 se estabilizando, a movimentação na praça de alimentação voltou com força total”.
Ainda de acordo com a empresária, a variedade de públicos e horários de atendimento – a franquia está instalada em um shopping – permite que o negócio atinja diversas faixas etárias e também modos de operação. “Como temos uma variedade de cardápios e os mais distintos públicos, desde os mais jovens que utilizam muito os aplicativos e os que não tem essa conectividade”. (LI)