01/07/24 15h40

Rhodia trabalha para reduzir CO2 e conservar a biodiversidade

Fábrica de Paulínia conta com o maior projeto de abatimento de gases de efeito estufa da América do Sul

Correio Popular

O respeito ao meio ambiente faz parte dos valores da Rhodia, empresa do grupo Solvay, algo que integra a empresa há muito tempo e que foi reforçado com o lançamento, em 2007, do seu primeiro programa de sustentabilidade, denominado Rhodia Way, muitos anos antes do tema ESG (conjunto de práticas voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial) se tornar frequente na mídia.

Como exemplos de temas que a empresa tem trabalhado ao longo do tempo de forma voluntária e estratégica, estão a redução de gases de efeito estufa, a conservação da biodiversidade nos locais onde a companhia está instalada e o lançamento de produtos mais sustentáveis e de fonte renovável para os seus mercados. A empresa já reduziu 95% das emissões de suas operações relacionadas ao consumo de energia elétrica no Brasil.

O Complexo Industrial de Paulínia é chave para as iniciativas da empresa. A Rhodia tem em sua fábrica de Paulínia o maior projeto de abatimento de gases de efeito estufa da América do Sul, o projeto Angela, que transforma o óxido nitroso (gás de efeito estufa) em gases inertes ao meio ambiente. Além disso, a companhia está trabalhando intensamente para a transição energética das suas caldeiras e dialogando com seus principais fornecedores de matérias-primas para que também se comprometam e reduzam as suas emissões.

A unidade da Rhodia em Paulínia está localizada no bioma da Mata Atlântica e, nas últimas décadas, a companhia tem investido na preservação e na recuperação deste bioma por meio de projetos de reflorestamento com árvores nativas e manutenção da qualidade da floresta. Com isso, a fauna nativa está sendo positivamente impactada. O último inventário aponta a existência de mais de 270 espécies nativas, sendo que cinco delas são espécies ameaçadas de extinção.

Em 2021, os projetos da Rhodia de conservação da biodiversidade foram reconhecidos com a certificação nível Ouro de Conservação da Biodiversidade pela Wildlife Habitat Council (WHC), uma ONG internacional especializada na preservação no tema. Além disso, a Rhodia também tem como meta a redução da captação de água dos rios e o objetivo de zerar o envio de resíduos industriais para aterros sanitários. Para isso, a companhia está aplicando conceitos de economia circular por meio do reúso e reaproveitamento de água e de resíduos.

Participação de todos

A Rhodia é signatária e certificada no Programa de Atuação Responsável da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), uma iniciativa voluntária que visa à melhoria contínua de seu desempenho em saúde, segurança e meio ambiente. A companhia possui também uma área de Sustentabilidade Corporativa, trabalhando de forma transversal e integrada com as áreas de Operações, Comercial & Marketing e Pesquisa & Inovação.

"O modelo instituído pela Rhodia é descentralizado, ou seja, todos os colaboradores da companhia são agentes responsáveis pela preservação ambiental e pela busca de uma operação e um negócio mais sustentáveis. Uma das principais metas ESG da Rhodia é a neutralidade de carbono. No Brasil, a empresa já reduziu cerca de 95% das emissões de suas operações (diretas e indiretas relacionadas ao consumo de energia elétrica)", afirma Antônio Leite, vice-presidente de estratégia, inovação e sustentabilidade da Rhodia.

Sustentabilidade na indústria têxtil e química

Uma outra contribuição relevante é o desenvolvimento do primeiro portfólio exclusivo de produtos químicos e têxteis com pegada de carbono neutralizada, seguindo a estratégia de neutralização de emissões das operações e produtos da Rhodia. No setor químico, o primeiro produto a compor esse portfólio é o ácido adípico Rhodiacid, um intermediário químico das cadeias produtivas de poliamidas. O produto tem aplicações em sistemas de poliuretanos, principalmente para a produção de solados de calçados, lubrificantes, plastificantes, adesivos, tintas e resinas, espumas flexíveis e rígidas, aplicações alimentares e de detergência.

A empresa lançou também recentemente solventes oxigenados neutros em carbono, atendendo à demanda do mercado de limpeza e fragrância tanto no Brasil quanto no exterior. Um exemplo é o solvente Augeo, advindo da glicerina, uma fonte renovável. Na área têxtil, o primeiro produto a integrar essa gama carbono neutro é o fio têxtil de poliamida Amni Soul Eco Carbon Neutral, para utilização em diversos segmentos da indústria do vestuário e da moda, agregando sustentabilidade e funcionalidade aos benefícios já conhecidos da sua poliamida têxtil: decomposição acelerada dos microplásticos em aterros sanitários e oceanos, tecnologia, conforto e easy care (fácil de usar e de manter). A pegada de carbono desses produtos da Rhodia é certificada por uma terceira parte, externa à empresa. As emissões de CO2 remanescentes de cada produto são compensadas com a compra de créditos de carbono.

Diminuição do desmatamento

Depois de um criterioso processo de seleção, feito pelas equipes de sustentabilidade, a Rhodia decidiu comprar os créditos de carbono de um projeto de reflorestamento no Brasil, realizado na Fazenda São Nicolau, em Mato Grosso (MT), cujo dono é o Office National des Forêts (ONF Brasil). Esse projeto está localizado em uma região de desmatamento, onde há bastante criação de gado e cultivo de soja.

Além de atuar no reflorestamento, esse projeto promove a conservação da biodiversidade, com a preservação de mais de duas mil espécies de fauna, sendo 800 espécies de vertebrados (aves, anfíbios, répteis, mamíferos pequenos e grandes) e mais de 500 espécies arbóreas. O programa também gera empregos para a comunidade local, sedia pesquisas científicas com experimentos agroflorestais e silvipastoris, e mantém um programa de educação ambiental para alunos da região. Permite, ainda, a exploração de madeira combinada com mata nativa, perpetuando a captura de CO2. 

Os créditos de carbono comprados pela Rhodia são gerados pelas atividades de reflorestamento da Fazenda e “armazenados” em um Poço de Carbono Florestal. Pelo projeto, já foram plantadas 2,5 milhões de espécies nativas. À medida que as mudas crescem, retiram carbono da atmosfera. Desde a sua implementação até 2020, quase 400 mil toneladas de CO2 já haviam sido absorvidas. A previsão é que até 2038 esse número alcance 1 milhão de toneladas.

"A Rhodia acredita que, nas questões ambientais, nunca podemos focar em uma variável isoladamente, ou seja, apenas na redução de emissões ou na diminuição de consumo de água. É importante ter uma visão holística dos diversos impactos por meio do cálculo do ciclo de vida dos produtos, antes e depois das melhorias. Essa é a forma de avaliar se, de fato, o saldo será positivo para a natureza e para a sociedade", finaliza Leite.

 

Fonte: https://correio.rac.com.br/campinasermc/rhodia-trabalha-para-reduzir-co2-e-conservar-a-biodiversidade-1.1531880