Rhodia tem produção recorde de matérias-primas até junho

Gazeta Mercantil - 19/07/2007

A Rhodia Brasil avalia que sua decisão de investir no aumento de capacidade de sua maior divisão de químicos especiais - a de sílicas - foi acertada. A empresa deu início a desgarlamentos no Brasil no momento em que bateu dois recordes na produção de ácido salicílico. A multinacional encerrou os primeiros seis meses de 2007 com recordes sucessivos na produção deste químico especial no Brasil. Em maio foram fabricadas 1,21 mil toneladas de ácido salicílico, ultrapassando o recorde anterior de 1,209 mil toneladas produzidas no mês de março deste ano. Esses volumes superam o dobro da produção média mensal, segundo a empresa. O ácido salicílico possui diversas aplicações, sendo mais conhecido como matéria-prima para o ácido acetilsalicílico, princípio ativo dos analgésicos mais comercializados no mundo. Segundo o diretor da Rhodia Química de Performance na América Latina, Elder Martini, a reação do mercado doméstico e também a demanda vinda da Ásia são responsáveis pela produção maior. Segundo o executivo foram enviadas em 2006 cerca de 2,5 mil toneladas de sílicas para a Ásia, o que estaria incrementando as exportações da empresa, ao mesmo tempo em que mercados como Colômbia, Venezuela e Argentina estão em franca recuperação de demanda. De acordo com especialistas da indústria de medicamentos, há tendência hoje das fábricas de grandes indústrias farmacêuticas no Brasil iniciarem a exportação de medicamentos mais básicos, caso dos analgésicos, para mercados como Europa e Ásia. O fenômeno ocorre porque agora na Europa essas indústrias querem focar esforços na pesquisa de medicamentos feitos a partir de células vivas, deixando a produção e exportação de analgésicos e outras commodities para as filiais em outras regiões. Algumas indústrias farmacêuticas até mesmo já anunciaram a exportação de produtos básicos para a Europa. A Rhodia é uma das líderes mundiais nesse segmento, com fábricas no Brasil e no continente asiático.