22/03/10 10h35

Revenda de carro importado dobra investimentos e prevê ano recorde

DCI

Com projeção de um cenário excelente para o mercado de carros importados, chegando ao patamar de 80 mil veículos vendidos este ano, marcas como a Kia Motors planejam até dobrar investimentos para acompanhar a demanda e o crescimento de suas vendas no País. De acordo com o presidente da Kia Motors Brasil, José Luiz Gandini, a previsão é de chegar a 50 mil veículos vendidos este ano, ou seja, quase o dobro de 2009, quando venderam-se 24.145 carros. Segundo Gandini, que também é o novo presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), preços mais competitivos, o número de lançamentos previstos para este ano (37 lançamentos e reestilizações de todas as associadas), o aumento do poder aquisitivo da população e a capilaridade das marcas - com ampliação de suas redes de concessionárias no País -, serão responsáveis pelos bons resultados.

De acordo com Abeiva, no primeiro bimestre deste ano, as 22 marcas associadas à entidade tiveram um crescimento de 168,7% sobre o mesmo período do ano passado, e em fevereiro, alta de 170,8%, sendo que a Kia registrou crescimento ainda maior. Suas vendas foram 172,34% superiores às de fevereiro de 2009, com 2.993 veículos comercializados. Outras marcas, como a Audi, também estão otimistas e tem ampliado sua presença no Brasil. Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Audi no Brasil, afirmou que a empresa acaba de abrir, por exemplo, uma concessionária na cidade de Campo Grande (MT), que antes estava a 500 km do ponto-de-venda mais próximo. "Ampliar a rede é um fator importante para a venda de carros premium no Brasil, que tenho certeza ainda tem um potencial significativo e representa só 0,6% das vendas totais de veículos, sendo que na América do Sul representa 1,3%. Aqui há um carro para sete habitantes e é possível ampliar o número de consumidores de carros em todas as faixas", declarou. Em 2009, a Audi Brasil cresceu 42% e emplacou 2.027 veículos, contra 1.427 em 2008; nestes dois primeiros meses vendeu 401 carros.

O diretor financeiro das marcas Chrysler, Dodge e Jeep, Philip Derderian, também acredita em maior espaço para a venda de seus carros. As três marcas somaram 494 unidades vendidas neste começo de ano, e, apesar a da queda da Dodge e da Jeep em relação a fevereiro do ano passado, a expectativa é de recuperação. A Effa Motors, que entrou no Brasil em 2008, deverá vender 4.200 veículos este ano, frente às 914 unidades vendidas em 2009, o que representa alta de quase 360%. A marca afirma que o volume significativo de vendas permitiu que renegociassem preços junto à fabricante chinesa, sendo que alguns modelos tiveram queda de até 6,8% nos preços. Hoje possuem 50 revendas no Brasil, sendo que a meta é chegar a cerca de 90 pontos-de-venda este ano, atingindo todos os estados nos quais ainda não tem representantes. Neste primeiro bimestre, a Effa vendeu 405 veículos, frente a 67 de 2009.