Responsável por 22,3% dos empregos na fabricação de sorvetes e gelatos do Brasil, SP estimula evolução do setor
Representantes das secretarias de Desenvolvimento Econômico e Agricultura apontam caminhos para o crescimento e a inovação em congresso latino-americano sediado no Ital
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SPCom forte potencial de geração de renda especialmente em cidades pequenas, que representam 70% dos municípios do estado de São Paulo, o setor de sorvetes e gelatos paulista é responsável por mais de seis mil empregos, representando 22,3% do total de empregos do Brasil dedicados à fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis, segundo a secretária executiva de Desenvolvimento Econômico de SP, Juliana Cardoso.
“No comércio atacadista de sorvetes, esse percentual sobe ainda mais, beirando os 30%”, afirmou a gestora para dezenas de representantes do setor durante o 8º Congresso Latino-Americano de Sorvetes-Helados (Clash), realizado na última semana no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP localizado em Campinas. Juliana também lembrou que 5,25% das indústrias alimentícias produzem sorvetes e gelatos.
Dentro desse contexto, a secretária pontuou desafios e oportunidades e apresentou programas estaduais que podem ajudar os empreendedores, como o Facilita SP, que viabiliza a abertura de empresas com maior segurança e facilidade, e a Desenvolve SP, que oferece linhas de crédito para pequenas e médias empresas e específicas para mulheres.
Outros assuntos de relevância da atualidade foram discutidos durante os dois dias de evento, como tendências, consumo, inovações, tecnologias, modelos de crescimento, ambiente regulatório e boas práticas empresariais, através de especialistas de grandes empresas e instituições públicas, incluindo o Ital, parceiro institucional da Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis), que organizou o congresso.
A diretora de Programação de Pesquisa e vice-diretora do Ital, Gisele Camargo, liderou a visita ao Tropical Food Innovation Lab, sediado no Instituto, após apresentar as possibilidades de desenvolvimento de novos ingredientes e produtos alimentícios tendo a sustentabilidade com um pilar importante.
Já o coordenador da Plataforma de Inovação Tecnológica (PITec) do Ital, Luis Madi, destacou como a classificação NOVA introduzida pelo Guia Alimentar para a População Brasileira impacta o setor e a possibilidade do aumento de preço do produto com a reforma tributária, que prevê estabelecer imposto específico sobre alimentos considerados “ultraprocessados”.
Responsável pelo Projeto Alimentos Industrializados 2030, Madi apresentou as principais ações do Instituto para disseminar conhecimentos embasados na ciência e na tecnologia sobre benefícios, mitos e fatos relacionados aos produtos alimentícios, como o site www.alimentosindustrializados.com.br e o projeto Comer com Ciência.
Sobre o Ital
Localizado em Campinas/SP, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) realiza pesquisa, desenvolvimento, assistência tecnológica e difusão do conhecimento nas áreas de embalagem e de processamento, conservação e segurança de alimentos e bebidas.
Fundado em 1963, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, o Ital possui unidades técnicas especializadas em carnes, produtos de panificação, cereais, chocolates, balas, confeitos, laticínios, frutas, hortaliças e embalagens, sendo certificado na ISO 9001 com parte dos ensaios acreditados na ISO/IEC 17025.
Por meio do Centro de Inovação em Proteína Vegetal, do Núcleo de Inovação Tecnológica e da Plataforma de Inovação Tecnológica, o Ital estimula alianças estratégicas para inovação e projetos de cooperação. Possui ainda Programa de Pós-Graduação aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Outras informações estão disponíveis no site http://www.ital.agricultura.sp.gov.br.