Região se destaca como polo de autopeças
Jornal Cruzeiro do SulA região de Sorocaba se consolida como um polo da indústria de autopeças no País. Há empresas do segmento já instaladas há décadas e outras vieram a partir da instalação da montadora Toyota na cidade, em 2012, que trouxe as sistemistas. As industrias, muitas delas multinacionais, se estabeleceram em Sorocaba e cidades vizinhas, como Porto Feliz e Itu.
De acordo com o Centro das Indústrias no Estado de São Paulo (Ciesp), os 48 municípios da regional têm 72 estabelecimentos que empregavam até 2016 cerca de 13.500 trabalhadores. Em Sorocaba e região estão baseadas empresas que atendem à demanda da industria automobilística em suas múltiplas necessidades.
Costuma-se dizer que é possível montar quase totalmente um veículo a partir dos componentes produzidos na região: faróis, freios, escapamentos, motor, lataria, sistemas de direção e transmissão, rolamentos, bancos, vidros e espelhos, entre outros itens.
A regional do Ciesp informa que a massa salarial do segmento é da ordem de R$ 55,3 milhões e o rendimento médio dos empregados em nível regional chega a R$ 4 mil, acima da média da indústria de transformação (R$ 3 mil). O Ciesp avalia que o bom desempenho desse ramo produtivo está relacionado ao bom momento do campo automobilístico.
A tendência de retomada do crescimento econômico para este ano também ajuda, como afirma o diretor do Ciesp Sorocaba, Erly Domingues de Syllos. "Observamos que Sorocaba é beneficiada pela boa performance de um segmento que se recupera inequivocamente muito baseado em exportações, nos ganhos reais de renda (pela queda da inflação) e aumento da confiança do consumidor", considera.
Em nível nacional, números do Sindicato das Indústrias de Autopeças (Sindipeças) revelam que o segmento projeta faturar este ano R$ 82,6 bilhões ante os R$ 77 bilhões apurados em 2017 (crescimento de 3%). As montadoras absorveram a maior partes dos componentes produzidos. Estima-se que neste ano 63,9% das peças fabricadas tenham como destino as indústrias automobilísticas. Parte das peças vai para o mercado de reposição nacional e também para exportação.
Na geração de empregos, o ramo de autopeças contava com 164,6 mil postos de trabalho no País ao final de 2017. Para 2018, a expectativa é de 172,8 mil trabalhadores, o que indicaria um crescimento de 5%, de acordo com o Sindipeças.