Região é estratégica para atingir várias partes do país
Valor EconômicoFundada em 1977, a transportadora de encomendas Braspress está presente em Ribeirão Preto desde 1988, quando abriu uma filial no município. Com o desenvolvimento econômico da região e amparada pelo eficiente sistema rodoviário resultante do modelo de concessões, a empresa ampliou o seu portfólio de clientes e, em 2007, inaugurou um terminal próprio em uma área de 30 mil metros quadrados, no Jardim Ouro Branco, às margens da Rodovia Anhanguera.
"Foi uma decisão estratégica que envolveu R$ 10 milhões com o objetivo de ficamos mais próximos de nossos clientes", afirma Tayguara Helou, diretor de desenvolvimento e novos negócios da Braspress. Durante o processo de escolha do terreno, foram pesquisadas áreas na Rodovia dos Bandeirantes, mas os preços eram superiores aos da Anhanguera.
Com área construída de 4.572 metros quadrados e 42 docas, o terminal conta com 53 funcionários e possui frota própria de 21 caminhões. Segundo Helou, o foco na região é atender os setores têxtil, calçadista e de autopeças, que contam com polos industriais não apenas em Ribeirão, como em cidades próximas, casos de Franca e Sertãozinho.
"O nosso modelo de negócio atende às necessidades logísticas da fábrica e do distribuidor para as lojas. Em Ribeirão Preto, podemos atingir pontos distantes do interior paulista pela Rodovia Washington Luiz com direção ao Mato Grosso do Sul e pela Anhanguera podemos acessar o aeroporto de Viracopos e ir em direção a Minas e Centro Oeste", diz.
No decorrer dos anos, a Braspress desenvolveu um modelo próprio de gestão de manutenção de seus veículos em sua matriz, apesar de haver toda a infraestrutura necessária em Ribeirão Preto. Helou diz que não há no Brasil um corredor logístico similar ao da região do interior paulista. "A malha rodoviária paulista é a melhor do Brasil". Em menor escala, o único "hub" da Braspress com características semelhantes encontra-se no município de Santa Maria (RS), a 300 quilômetros de Porto Alegre. "Mas as rodovias gaúchas não tem o mesmo padrão das paulistas".
Helou não tem planos de expansão para a região. Sua principal crítica é quanto às tarifas de pedágio do sistema Anhanguera/Bandeirantes e da Washington Luiz. Segundo ele, os custos acabam sendo repassados ao frete. Ele defende um modelo em que a cobrança seja feita por quilômetro rodado e uma revisão tarifária nos novos contratos.