17/06/15 14h15

Região é a 2ª mais competitiva do País

Agência Metropolitana de Campinas

A região de Campinas é a segunda mais competitiva do País, atrás apenas de São Paulo. Estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) intitulado “Perfil da Competitividade Brasileira”, apresentado esta semana, analisou 558 microrregiões brasileiras em indicadores como desenvolvimento econômico, saúde e educação.

Na lista das dez primeiras estão também Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Jundiaí, Guarulhos, Rio de Janeiro, Caxias do Sul e São José dos Campos. A análise foi elaborada em parceria com o jornal inglês ‘Financial Times”. De acordo com os organizadores da pesquisa, o estudo considerou seis vetores principais: capital humano, qualidade de vida, instituições, ambiente de negócios, mercados e recursos naturais.

Também foram avaliadas 14 dimensões que impactam diretamente na competitividade, como educação básica, ensino superior e técnico, infraestrutura social, saúde, sofisticação em negócios, performance no setor público, logística, mercado de trabalho e sustentabilidade.

No total, 224 indicadores foram analisados. A partir dos resultados, foi criado um mapa geral de competitividade das 558 microrregiões brasileiras. Também foram definidos os destaques em cada um dos indicadores avaliados pelos especialistas. O relatório incluiu ainda uma análise da vulnerabilidade à taxa de câmbio e da carga fiscal de 56 setores da economia brasileira. O Estado de São Paulo tem 25 das 40 microrregiões mais competitivas do Brasil. As outras áreas estão em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Belo Horizonte.

Além de ser a segunda colocada no ranking geral, quando considerados os resultados de todos os indicadores, Campinas também se destacou em algumas áreas. A região apareceu no segundo posto no quesito Logística, atrás de Jundiaí, e em terceiro em Ensino Superior e Profissional, depois de São Paulo e Jundiaí. 

Vantagens

O professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Antônio Carlos de Azevedo Lobão, afirmou que o Brasil é o terceiro País que mais recebe investimentos estrangeiros produtivos, atrás de China e Estados Unidos.

“As empresas tomam decisões de longo prazo quando vão investir. Os indicadores econômicos brasileiros são sólidos e a crise é conjuntural. No próximo ano, a economia deve retomar o ritmo de crescimento”, disse.

Ele afirmou que a região de Campinas tem vários fatores que a credenciam a estar entre as mais competitivas do País. “Campinas tem um dos principais aeroportos do Brasil, que é Viracopos. Tem uma estrutura logística muito boa, com rodovias entre as melhores do País que dão acesso a várias regiões. E tem ainda boa qualidade de vida, mão de obra qualificada e um elevado nível educacional”.

Lobão ressaltou que a região tem também um mercado consumidor que abrange quase 5 milhões de pessoas. “Outro indicador importante para os investidores é que Campinas é um polo de alta tecnologia”. De acordo com ele, a competitividade de uma região se traduz pelos indicadores econômicos e sociais.