Região consolida cinturão do setor automobilístico
Correio Popular - Campinas
O anúncio da implantação de uma linha de montagem de automóveis da Mercedes-Benz em Iracemápolis (a 75 quilômetros de Campinas), na última quarta-feira, consolida a região como um dos principais cinturões automobilísticos do país. A área entre Campinas, Mogi Guaçu e Piracicaba tem pelo menos sete grandes montadoras, além de dezenas de multinacionais de autopeças.
A Mercedes-Benz empregará R$ 500 milhões (US$ 227,3 milhões) na primeira fábrica brasileira de carros de luxo da marca, e a obra deve gerar mais de 3 mil empregos indiretos até 2015. Segundo a Prefeitura de Iracemápolis, a produção irá triplicar a arrecadação de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e dobrar o orçamento da cidade até 2018.
Apesar da disputa acirrada entre municípios de pequeno e médio porte, que fazem concessões e oferecerem benefícios para ter os modernos parques fabris dentro de seus perímetros urbanos, a “facilidade logística” pesa mais para diretores de grandes empresas na escolha do local ideal de instalação das fábricas.
A economia de aglomeração industrial automotiva na região gera o chamado “círculo virtuoso” para as empresas. A vinda de uma multinacional beneficia não só a economia da cidade, com geração de empregos e arrecadação de impostos, mas grandes e médias companhias ligadas ao setor de auto-peças. Campinas é polo produtor de componentes automotivos, com grandes indústrias como a Bosch e a Pirelli, mas também conta com dezenas de metalúrgicas de pequeno e médio porte.