16/05/13 12h13

Região atrai 120 indústrias em cinco anos

Correio Popular

Nos últimos cinco anos, mais de 120 novas indústrias se instalaram na Região Metropolitana de Campinas (RMC). O fluxo de investimentos continua intenso e, ainda que a economia brasileira viva um momento de instabilidade, os empresários planejam aplicar mais recursos em unidades produtivas por aqui. Grandes fabricantes, como a Evonik Industries e a MWVRigesa, já anunciaram que vão expandir suas operações na região, elevando a capacidade produtiva e apostando em novas linhas. Especialistas afirmaram que a região se beneficia da diversidade de segmentos industriais instalados, de uma boa logística, mão de obra qualificada e centros de excelência em educação.

O diretor do Instituto de Economia (IE) da Unicamp, Fernando Sarti, comentou que os indicadores oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontam para uma reação dos investimentos das indústrias. “Na média, os investimentos industriais estavam baixos. Mas houve uma reação. Campinas é um polo de atração de investimentos e, ainda que o cenário esteja desfavorável, a região apresenta desempenho melhor do que o País”, salientou. O diretor do IE afirmou que o fluxo de investimentos melhorou no primeiro trimestre e que as perspectivas estão mais animadoras. Ele destacou que a região de Campinas vai se beneficiar dos recursos que serão aplicados nos setores de petróleo e gás em decorrência do pré-sal e de infraestrutura.

Novas plantas
A MWV Rigesa anunciou que irá transferir a fábrica de válvulas sprays e dispensadoras plásticas da Capital paulista para Valinhos, onde já tem um parque industrial. A multinacional norte-americana também irá expandir o volume produzido. A mudança de São Paulo para o município vizinho a Campinas deverá ter início em setembro deste e terminar no segundo trimestre de 2014.

Outra companhia que está chegando à região é a Evonik Industries, que vai construir uma planta para a produção de sílica precipitada no Brasil, produto utilizado por vários segmentos, de fabricação de pneus a indústrias de alimentação. A unidade ficará em Americana, no complexo que a multinacional alemã tem no município e deve estar pronta em 2015. De acordo com a empresa, os investimentos chegam à casa das dezenas de milhões de euros. A unidade será a primeira da companhia a produzir o material na América do Sul. Ela também planeja uma unidade de ingredientes para indústrias de cosméticos e produtos de consumo.