06/09/07 10h56

Reestruturação na BrT visa ganho de US$ 109 milhões

Valor Econômico - 06/09/2007

Enquanto os acionistas da Brasil Telecom (BrT) discutem alternativas para o futuro da companhia, a operadora ataca em outra frente para se ajustar a um setor em transformação. Está em marcha um processo de reestruturação com o qual a empresa pretende gerar impacto de R$ 800 milhões (US$ 409,4 milhões) em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (lajida) neste ano. O campo de batalha são as próprias dependências da BrT. É dentro de casa que a diretoria da operadora tem buscado reduções de custo e novas fontes de receita para alcançar o objetivo. Consiste de 11 focos de ação diferentes. As medidas vão desde estudos para o lançamento de novos serviços até avaliações sobre como tornar mais eficientes o cálculo e a cobrança de tarifas de interconexão (uma das principais fontes de custos das teles). O objetivo, segundo ele, é assegurar que a operadora continue gerando valor aos acionistas. Embora os controladores da BrT (fundos de pensão e Citigroup) neguem os rumores sobre os planos de fusão com a Oi (ex-Telemar), é certo que avaliam alternativas para o investimento - vale lembrar que nenhum deles é operador de telecomunicações. Executivos da empresa admitem que uma reestruturação societária está em estudo e poderá desembocar na pulverização do capital em bolsa. Num contexto como esse, arrumar a casa parece fazer sentido. Em paralelo a essas ações, a companhia ampliou o escopo de atuação de um comitê criado no ano passado para avaliar investimentos. Agora, o grupo (formado pelos principais executivos) também discute todas as compras com valor acima de R$ 1 milhão (US$ 511,8 mil).