21/05/10 11h42

Redes de varejo automotivo planejam triplicar de tamanho

DCI

Empresas e redes de franquias ligadas ao setor automotivo aproveitam o contínuo crescimento da venda de veículos no País e a malha rodoviária para ampliar a atuação no Brasil. É o caso da Bridgestone Bandag Tire Solutions (BBTS), braço da Bridgestone, líder mundial na fabricação de pneus, que opera lojas especializadas em produtos e serviços para caminhões e ônibus e deve quase triplicar o seu número de unidades até 2014. Hoje, possui 110 lojas no Brasil, mas quer chegar a 300 unidades e está investindo US$ 3 milhões na sua rede este ano, 15% mais do que investiu em 2009. Segundo Ricardo Drygalla, gerente de Marketing da BBTS, este ano a previsão é abrir 30 lojas, para as quais 18 contratos já estão fechados.

O gerente afirma que a empresa vinha planejando uma expansão mais acelerada. Em 2009 abriu menos unidades, 16 lojas, em função da crise econômica, mas agora está retomando o crescimento e abrindo até mais lojas do que antes da crise, quando inaugurava uma média de 20 franquias por ano. O investimento para abrir uma loja da marca hoje é de R$ 150 (US$ 85,7) a R$ 450 mil (US$ 257,1 mil), sem incluir o ponto. O Brasil também é um mercado que se destaca para a marca: é o segundo maior fora dos Estados Unidos, onde a empresa tem cerca de 2 mil lojas.

Segundo Jurandir Machado, gerente de Expansão da rede, fabricantes de pneus como a Bridgestone, detentora da marca Firestone, "perceberam que não é só vender pneus", que para se manter no mercado precisavam oferecer mais serviços, como o de recapagem e manutenção de freios e suspensão, que rendem duas vezes mais que a venda de produtos e elevam o tíquete médio na loja. A companhia, que também estuda outros formatos de redes e franquias para alcançar o segmento de veículos mais leves, hoje faz concessão de sua marca para outras lojas e possui também revendas apenas de pneus.

Dos concorrentes, o grupo DPaschoal, que vende apenas pneus da Goodyear e também oferece produtos e serviços para veículos, é outro que passou por um grande processo de reestruturação nos últimos anos e está preparado para avançar. Hoje, está com 600 pontos-de-venda e faturou R$ 1,5 bilhão (US$ 857 milhões) em 2009, mas está com a meta de crescer 25% este ano e chegar a 1 mil pontos-de-venda até 2011. Para atingir essa meta, a companhia, que conta com outras bandeiras e modelos de credenciados, e ainda este ano lançará um novo modelo, que acredita que fará com que a rede triplique de tamanho.

Outra rede de serviços automotivos que deve crescer é a Oficina Brasil, que tem hoje mais de 100 unidades e usa outra estratégia, com a meta de nos próximos cinco anos conquistar espaços para abrir em estacionamentos de shopping centers. A rede já tem parcerias com diversos hipermercados, como Carrefour, Extra, Walmart, mas quer ser âncora de estacionamentos de malls, o que impulsionará sua expansão.