09/09/09 09h57

Rede Roldão, de atacado, busca mais visibilidade

Valor Econômico

Fundada há nove anos pelos irmãos Ricardo e Eduardo Roldão na Freguesia do Ó, na Zona Norte de São Paulo, a rede de lojas de atacado Roldão começou a ser vista como um cobiçado alvo de aquisição. Não faltariam pretendentes dispostos a pedi-la em "casamento", como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Walmart e Makro, avaliam fontes do setor. Desde 2007, quando o Carrefour comprou o Atacadão e o Pão de Açúcar adquiriu o Assai, as demais redes de lojas de atacado passaram a ser vistas como fortes candidatas a "noiva", como dizem especialistas em aquisições.

Diante dos preços pagos pelo Atacadão e o Assai, os controladores das redes de atacado ou "atacarejo" (híbrido de atacado com supermercado) também deram-se conta que têm nas mãos um bom negócio. Pelo Atacadão, que faturava na época R$ 5 bilhões (US$ 2,6 bilhões), o Carrefour desembolsou R$ 2,2 bilhões (US$ 1,1 bilhão). Pelo Assai, cujas vendas giravam em torno de R$ 1,2 bilhão (US$ 621,8 milhões), o Pão de Açúcar pagou R$ 380 milhões (US$ 196,9 milhões).

Com dez lojas em São Paulo e vendas anuais estimadas entre R$ 600 milhões (US$ 315,8 milhões) e R$ 700 milhões (US$ 368,4 milhões), o Roldão entrou no radar dos grandes grupos, que estão investindo em formatos para as classes C e D. O Roldão pretende chegar a um faturamento anual de R$ 1 bilhão (US$ 526,3 milhões) nos próximos dois anos, segundo fontes do setor, e acelerou seu ritmo de expansão. No ano passado, foram inauguradas quatro unidades. Até o fim deste ano, serão abertas mais duas, uma em Praia Grande e outra em Santos, as primeiras no litoral paulista.