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Reckitt Benckiser investe para ganhar mercado de desinfetantes

Gazeta Mercantil - 29/11/2007

Juntos, o mercado de limpadores e desinfetantes movimentam cerca de R$ 1,28 bilhão (US$ 735,6 milhões) por ano no Brasil. Com grande participação no primeiro e presença tímida no segundo, a multinacional Reckitt Benckiser quer ganhar mercado entre os desinfetantes. Dessa maneira, transformou o tradicional limpador Veja em um produto de quatro funções - desengordurante, limpador de banheiro, desinfetante e perfumador - e quer conquistar 35% do total dos segmentos. Na média acumulada do ano, a empresa possui 32,6% de participação. No final de 2006 era 31%. Para alcançar a meta estipulada, Michele Polesel, diretor de marketing da Reckitt no Brasil, afirmou que o Veja 4 em 1 será fundamental. "A grande diferença é que além de falarmos com os consumidores de Veja, abrimos outras oportunidades", explicou Polesel. "Queremos abrir novas frentes, principalmente com os desinfetantes. Queremos alavancar o mercado", afirmou. Dos R$ 1,28 bilhão (US$ 735,6 milhões) que as duas categorias movimentam, os limpadores representam R$ 902, 4 milhões (US$ 518,6 milhões) - alta de 5% em relação a 2006. O Veja fica com uma fatia de R$ 294 milhões (US$ 169 milhões) deste total. Os desinfetantes movimentaram R$ 379,2 milhões (US$ 218 milhões) até outubro deste ano. Apesar das vendas da Reckitt nas regiões Sul e Sudeste ainda terem maior destaque dentro da companhia, o Nordeste ganha espaço a cada ano. Segundo Polesel, o bom desempenho nos estados da região é resultado, principalmente, das vendas de inseticidas, muito em virtude do avanço da dengue em algumas regiões. A Reckitt possui duas marcas de inseticidas, a SBP e a Mortein. Esse mercado movimentou R$ 479,7 milhões (US$ 275,7 milhões) até outubro deste ano, alta de 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas dos produtos da Reckitt têm crescido 20% no Nordeste. "Em geral, tem uma demanda crescente, um consumo maior das classes C e D em todas as regiões, mais claramente no Nordeste", afirmou. Em participação, a Reckitt passou de 34,5% do mercado para 36,7% até outubro somando as duas marcas. Segundo Polesel, as classes mais baixas estão consumindo mais no Brasil inteiro. Por isso, ao invés de regionalizar produtos, a empresa aposta em formatos com preços acessíveis para chegar a esse público em todas as regiões do País.