20/06/08 11h45

Receita com exportação de aço sobe, mas volume é menor

Gazeta Mercantil - 20/06/2008

A redução do volume de exportação de aço brasileiro, em decorrência do redirecionamento da oferta para o mercado interno, não deve trazer impacto negativo para o caixa das empresas com as receitas em dólar. De acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), as vendas faturadas registraram elevação de 16,9% em maio, para US$ 617 mil. Tal elevação é resultado dos recentes aumentos dos preços de aço no exterior, já que no mesmo mês as vendas externas de produtos acabados, de maior valor agregado, apresentaram queda de 25,6%, para 323,2 mil toneladas. Nos produtos semi-acabados (placas, blocos e tarugos), houve crescimento de 4,7% nas exportações, para 392,9 mil toneladas, a elevação que, segundo o IBS, está relacionada com o aumento de capacidade instalada com a entrada, em 2007, de novos projetos. No acumulado do ano até maio, o crescimento da receita com exportações foi menos significativo, de 2,5%, para US$ 2,69 milhões, embora o volume de produtos embarcados tenha registrado queda de 11,3%, para 3,79 milhões de toneladas. O mercado nacional de aço também deve favorecer um bom crescimento das receitas das companhias. As vendas internas batem recorde após recorde. Em maio, tanto a comercialização de produtos laminados planos quanto de laminados longos alcançaram novas marcas, com alta de 7,8% e 21,3%, respectivamente, para 1,14 milhão de toneladas e 797 mil toneladas. Com isso, as vendas totais de produtos laminados atingiram 1,9 milhão de toneladas, 13% acima do registrado em igual mês de 2007. "Houve crescimento de compras em todos os setores, mas especialmente no automotivo, construção civil e distribuição", destacou a entidade, em nota. A produção brasileira de aço bruto em maio foi de 3 milhões de toneladas, alta de 2,8% ante mesmo mês de 2007.