21/10/09 12h22

Real forte impulsiona o comércio popular

DCI

Os empresários do chamado varejo popular, com foco nas classes C, D e E, estão animados com a possibilidade de aumentar 15% o faturamento do setor, entre este fim de ano e o início de 2010, com a volta às aulas. Em 2008, o comércio destes produtos faturou em torno de R$ 12 bilhões (US$ 7 bilhões), e este ano pretende crescer 15%, segundo estimativas dos organizadores da feira "1 a 99 Brasil", que vai até amanhã, no Expo Center Norte, em São Paulo. A expectativa do segmento é de que a valorização do real frente ao dólar torne menores os custos de importação de itens como: utilidades domésticas, ferramentas, objetos de decoração e material escolar para o primeiro semestre do próximo ano.

Para Eduardo Toldres, diretor da feira de "1 a 99 Brasil", a expectativa dos expositores é de que neste ano, durante os quatro dias de realização do evento, os lucros cresçam 100% com relação à edição do final de 2008, e alcancem R$ 2 bilhões (US$ 1,16 bilhão), com as vendas de produtos nacionais e importados, e com foco no público baixa-renda. Para Toldres, o aumento é reflexo dos incentivos financeiros criados, como por exemplo o Bolsa Família, do Governo Lula. "O varejo popular tem sido favorecido pelos novos programas de distribuição de renda do governo federal, que dão poder de compra ao público de baixa renda", explicou o diretor da feira.

O presidente da Associação Brasileira de Importadores de Produtos Populares (ABIPP) comentou que acredita na valorização da moeda brasileira para ajudar na hora de conseguir produtos com qualidade melhor para oferecer aos varejistas. "Com o dólar mais baixo, o importante para nós é qualificar o produto. Em outras épocas o importador traz materiais não tão qualificados assim", declarou ele.