Reação química esperada
Folha de S.Paulo*Mercado Aberto – Maria Cristina Frias
A produção da indústria química brasileira cresceu 1,4% de maio a agosto, na comparação com o mesmo período de 2017, de acordo com a Abiquim (associação do setor).
O aumento foi de 9,08% em relação ao quadrimestre anterior. A variação era esperada porque a atividade tende a ser mais acelerada no segundo semestre, diz Fátima Ferreira, diretora da associação.
Além da leve melhora na demanda interna, a indústria tem sofrido impacto da oscilação cambial, segundo ela.
“A volatilidade do dólar tende a favorecer a venda no mercado doméstico e a produção local”, diz Ferreira.
“O problema não é o valor da moeda em si, mas como ela tem flutuado. É difícil saber qual será o preço das importações ou exportações. Aqui a venda é feita em reais, então se sabe quanto será pago.”
O uso da capacidade instalada no setor atingiu, em agosto, o melhor nível do ano: 82%.
“A previsão para 2019 é que a indústria retome a trajetória de crescimento. Se o PIB subir 2,5% ou 3%, a tendência é crescermos acima disso, perto de 3% ou 4%.”