05/06/08 14h46

Prysmian vai construir fábrica de tubos flexíveis

Valor Econômico - 05/06/2008

A nova fábrica da Prysmian no país, anunciada ontem com o objetivo de atender às demandas da Petrobras por tubos flexíveis para a exploração de petróleo em águas profundas, deverá faturar US$ 400 milhões por ano quando estiver em plena capacidade. Além do primeiro contrato com a Petrobras, de US$ 135 milhões, a fabricante poderá comercializar os materiais com outras empresas do setor, desde que priorize os pedidos da estatal. Inicialmente serão produzidos na unidade tubos flexíveis de 2,5 e 4 polegadas. Mas as duas empresas já negociam novo contrato para a fabricação de diâmetros maiores, de 6, 8 e 12 polegadas. O investimento previsto para a construção da fábrica é de US$ 110 milhões. O local da unidade ainda não foi definido, mas segundo Armando Comparato Jr., presidente da Prysmian no país, a pretensão é de instalá-la ao lado da fábrica da empresa em Vila Velha (ES). Caso não seja possível, uma das alternativas seria buscar um terreno em Santos (SP), também de fácil acesso aos campos de exploração da Petrobras. No início de 2006, a estatal fechou contrato com a Prysmian, antiga Pirelli cabos, no valor de US$ 70 milhões para produção de cabos umbilicais, o que resultou na construção da fábrica de Vila Velha. Tanto os cabos umbilicais como os tubos flexíveis são utilizados na exploração de petróleo em águas profundas. De acordo com Comparato, há um ano e meio a Petrobras sondou a Prysmian para o desenvolvimento dos tubos flexíveis, elaborados a base de nylon e fitas e perfis de aço. "Como já tínhamos a fábrica de Vila Velha, a Petrobras nos propôs entrar nesse novo segmento de mercado." Segundo Comparato, o investimento para desenvolver os tubos de 2,5 e 4 polegadas foram de aproximadamente US$ 10 milhões. Os diâmetros maiores contarão com investimentos entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões. A nova fábrica irá começar a produzir em 2010. Um ano depois deverá atingir a capacidade plena, com produção estimada entre 180 e 240 quilômetros por ano. Do total investido, US$ 80 milhões serão aplicados na compra de maquinário.