Projetos de produção de Petróleo são inaugurados na Unicamp
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e InovaçãoA empresa Statoil, de origem norueguesa, inaugurou, na última quinta-feira, 22 de setembro, a sede do Laboratório de Reservatórios de Petróleo (Labore) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Vinculado ao Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro) o espaço teve a visita de representantes da organização, que investiu em equipamentos necessários, entre eles um tomógrafo médico usado para o estudo dinâmico dos processos. A placa de inauguração das instalações foi descerrada pela coordenadora do laboratório, professora Rosângela Zanoni Moreno e pelo vice-presidente de instalações de tecnologia da empresa, Trond Austrheim.
O vice-presidente e os pesquisadores da Statoil também visitaram, em seguida, outro projeto em parceria com a Unicamp, desenvolvido no Laboratório Experimental de Petróleo "Kelsen Valente" (Labpetro). O objetivo foi inaugurar de maneira simbólica um circuito de testes para bombas centrífugas de petróleo que operam com emulsões. Na prática o circuito já está em atividade, porém, esta foi a primeira visita por parte da empresa.
A inauguração marca o início dos experimentos feitos na sede do laboratório. Até então os pesquisadores utilizaram dependências da divisão de Engenharia de Petróleo, do departamento de energia da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM). “A empresa financiou toda a infraestrutura necessária dos projetos e agora estamos transferindo as bancadas experimentais para as novas instalações”, comenta Moreno.
Ela explicou que a injeção de polímero deixa mais viscosa a água que é injetada na produção de petróleo, facilitando a retirada do óleo da rocha. “As vantagens são antecipar a produção, fazendo com que possamos recuperar aquele óleo, injetando menos e produzindo menos água. Isso é muito importante para o gerenciamento de água que é um problema em campos afastados da costa”, destaca. Em relação à colaboração da empresa, a professora afirmou que há uma troca de experiências. “O fomento na pesquisa e compra de equipamentos faz com que possamos caminhar mais rápido e desenvolver respostas que contribuem um pouco com o processo da própria empresa e com a formação de profissionais, que depois serão inseridos no mercado de trabalho”.
O coordenador local de Projetos da Statoil, Thiago Alvim Dutra, ressaltou que a empresa de energia é operadora de um campo de óleo pesado, ou seja, muito viscoso e difícil de ser retirado. “Temos buscado técnicas que facilitem ou melhorem a produção desse óleo. Uma delas é misturar polímero na água injetada no reservatório para facilitar o escoamento do óleo”. Dutra completa que a visita dos representantes da empresa foi com o objetivo de celebrar os três anos de colaboração.