13/09/16 14h51

Projeto setorial da Softex ajuda a exportar R$ 1,9 bilhão

Evolução representa um aumento de 40% em relação ao ano anterior

Apex-Brasil

O Brasil tem lugar garantido entre os maiores mercados de softwares e serviços de TI do mundo. O país conta atualmente com cerca de 90 mil empresas de software e serviços de TI que geraram, em 2015, algo em torno de R$ 100 bilhões em receita líquida, mantendo 600 mil postos diretos de trabalho. No ano passado, as companhias nacionais desse segmento exportaram cerca de R$ 4 bilhões, segundo estimativa do Observatório Softex, unidade de estudo e pesquisa da entidade.

Em 2015, as 158 empresas integrantes do projeto de promoção de exportações do setor de software e serviços de TI, desenvolvido em parceria pela Softex com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), colaboraram com a expressiva quantia de R$ 1,9 bilhão para a balança comercial do país. “Esse valor representa um incremento de 41% em relação ao ano anterior, mesmo levando em consideração a variação cambial do período, o equivalente a 45% do total exportado pelo setor”, comemora Guilherme Amorim, gestor da área Internacional da Softex.

Transformar as companhias nacionais de TI em players globais é um dos projetos mais importantes conduzidos pela entidade e, para atingir esse resultado, no ano passado a área Internacional implementou 26 ações de promoção comercial e  analisou, no período de janeiro de 2014 a julho deste ano, o potencial de internacionalização de 526 empresas.

De acordo com análises levantadas pelo corpo técnico do projeto, é possível identificar relação direta entre crescimento (CAGR) e atuação no mercado externo, pois as empresas que mais incrementam seu faturamento são justamente aquelas que mais exportam. As 20 empresas scale ups analisadas e atuantes no exterior cresceram aproximadamente 20% no consolidado do período de 2011 a 2015.

 “Como cerca de 90% das empresas do projeto são de porte pequeno e médio, com equipe enxuta ou com poucos recursos para investir na expansão internacional, ao longo do último ano procuramos fornecer uma butique de soluções de baixo custo e atalhos para a internacionalização.

Por meio de modelagens de negócios, nosso objetivo é desenvolver junto às empresas de TI estratégias mais ágeis e lean de go to market. Conosco, o empresário que busca o mercado global tem a possibilidade de decidir em dias o que ele levaria meses para definir em sua estratégia. Essa nova abordagem fez com que passássemos de 158 para 202 empresas participantes. Projetamos para este ano um aumento da ordem de 12% no valor das vendas de software e de serviços de TI no exterior”, acrescenta Guilherme Amorim.

Iniciado em 2005, o projeto setorial tem o objetivo de gerar novas oportunidades de negócios no mercado internacional para as companhias brasileiras participantes, ampliar o volume de exportações do setor, aumentar a exposição da indústria da indústria brasileira de TI e fortalecer a imagem do Brasil como um centro mundial de excelência no setor.

Ele oferece uma série de benefícios às empresas associadas, entre os quais acesso a informações qualificadas sobre os mercados-alvo, assessoria comercial no exterior, participação em feiras e eventos internacionais, apoio na obtenção de financiamento para exportação e em questões como registro de marcas e de software, localização, instalação de subsidiárias e aspectos legais.

“Nos últimos 11 anos, construímos graças à sólida parceria com a Apex-Brasil um plano de internacionalização capaz de atender às necessidades particulares desta indústria que, segundo a consultoria Gartner, continuará a crescer no Brasil a uma taxa anual média de 4,6% para software e de 3,3% para serviços de TI entre os anos de 2014 a 2019”, complementa Diônes Lima, vice-presidente de operações (COO) da Softex.

São também parceiros da Softex nessa iniciativa, além de seus 23 Agentes Regionais, unidades autônomas integrantes do Sistema Softex que oferecem apoio a empresas de software e serviços de TI em diversas regiões do país, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).