22/09/09 10h07

Projeto incentiva exportação de produtos médicos

O Estado de S. Paulo

O setor de equipamentos médicos e odontológicos está unindo forças para ampliar suas exportações. Um projeto iniciado na semana passada pretende mostrar o caminho do mercado internacional às micro e pequenas empresas do Estado, que concentra 75% dos fabricantes do setor. O programa vai orientar empresários sobre linhas de financiamento e adequação técnica de produtos, além de promover encontros com companhias de comércio exterior (tradings).

Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), 47% das empresas do setor exportam. No ano passado, as vendas externas subiram 9,9% em relação a 2007. "Queremos incentivar e preparar as empresas que ainda estão de fora desse mercado", diz Hely Maestrello, diretor executivo da Abimo, que apoia o projeto, ao lado da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Sebrae e associações comerciais. Na semana passada, Ribeirão Preto (SP) recebeu o primeiro encontro do programa, que seguirá para outras cidades do Estado nos próximos meses.

Uma segunda fase do projeto setorial será realizada em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que faz análise e registro dos equipamentos antes de irem ao mercado. Os pequenos empresários receberão informações sobre adequações técnicas, design e embalagem para seus produtos.

Segundo Maestrello, os equipamentos médicos e hospitalares nacionais despontaram no exterior nos últimos sete anos. Em 2002, as exportações do setor somaram US$ 157 milhões. No ano passado, saltaram para US$ 581 milhões. Um programa da Apex também ajudou a alavancar o setor. Entre os projetos da agência está o subsídio para pagamento de estandes em feiras internacionais. A experiência no exterior também fomenta as vendas domésticas, acredita o dirigente da Abimo. "O empresário que vai ao exterior encontra outro patamar de concorrência, o que estimula o investimento e inovação", acredita.