17/07/07 10h53

Projeto do trem-bala atrai alemães, coreanos, italianos e brasileiros

Valor Econômico - 17/07/2007

Na semana passada, uma missão de empresários e autoridades coreanas deixou o Brasil com um dever: elaborar a proposta para implantar o projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre São Paulo e o Rio de Janeiro. Nesta semana, chega ao Brasil outro grupo, desta vez de italianos, para conversar novamente com o governo federal. A movimentação em torno do projeto acontece após ter ficado anos na gaveta. E o retorno do TAV à pauta do dia reacende a discussão sobre outros planos muito debatidos e nada aprofundados como, por exemplo, a ligação entre a capital paulista e Campinas através de uma linha de trem rápido. Tudo em um mesmo projeto? Talvez. Diversas propostas foram já foram apresentadas, mesmo que extra-oficialmente. No total, já são, no mínimo, quatro grupos estrangeiros conversando com o governo sobre a viabilidade da obra. Além dos coreanos, que vieram com seu instituto de pesquisas ferroviárias (Korea Railroad Research Institute - KRRI) e estão presentes no país através da Rotem Company, entraram em contato com o governo brasileiro o consórcio alemão Transcorr RSC (formado por oito empresas alemãs e oito brasileiras, sob supervisão da Geipot), a italiana Italplan - que vem ao país nesta semana - e a Siemens em parceria com a Odebrecht e Interglobal. A Valec, empresa estatal vinculada ao Ministério dos Transportes, informa que grupos japoneses e franceses também demonstraram interesse no projeto. Eles estariam representados pela Itochu e Alstom, respectivamente. Vale ressaltar que nos estudos da Valec a Odebrecht também figura como parceira no consórcio ítalo-brasileiro.