Produzido no Inpe, satélite brasileiro Amazonia 1 será lançado dia 28
Lançamento está previsto para a madrugada de domingo, às 1h54, horário de Brasília
O ValeProduzido inteiramente no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o satélite Amazonia 1 está pronto para o lançamento na cidade de Chennai, na Índia, pelo veículo lançador PSLV (Polar Satellite Launcher Vehicle).
O lançamento está previsto para a madrugada do próximo domingo (28), às 1h54, horário de Brasília, e acontece com oito meses de atraso. A previsão inicial era de o equipamento ter ido ao espaço em junho de 2020.
O Amazonia 1 é o primeiro satélite de sensoriamento remoto totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. O programa está sendo conduzido pelo Inpe em parceria com a AEB (Agência Espacial Brasileira).
O embarque do satélite para a Índia foi realizado em 22 de dezembro do ano passado, a partir do aeroporto de São José dos Campos. Ao todo, foram necessários 52 contêineres especiais para transportar com segurança os módulos do satélite, que pesa 638 quilos.
De acordo com as últimas informações da equipe de trabalho do Inpe na Índia, no último dia 19 de fevereiro, o Amazonia 1 foi transportado para a torre de lançamento e integrado ao quarto estágio do lançador PSLV.
“Dessa forma, até o momento, todas as atividades planejadas estão sendo executadas conforme o cronograma e concluídas com sucesso. O Amazonia 1 segue seu caminho rumo ao lançamento, no dia 28 de fevereiro de 2021”, informou o Inpe.
O Amazonia 1 será colocado numa altitude média de 752 km acima da superfície da Terra.
Trata-se de um satélite de órbita Sol síncrona (polar), que vai gerar imagens do planeta a cada cinco dias. Sob demanda, poderá fornecer dados de um ponto específico em dois dias. Segundo o Inpe, isso ajudará na fiscalização de áreas que estejam sendo desmatadas, bem como na captura de imagens onde haja maior ocorrência de nuvens.
MISSÃO
O Amazonia 1 é primeiro satélite de observação da Terra projetado e desenvolvido integralmente no Brasil e faz parte da chamada Missão Amazônia, criada para fornecer dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na região amazônica.
A missão também vai monitorar a agricultura em todo o território nacional com alta taxa de revisita, buscando atuar em sinergia com os programas ambientais existentes.
Esse será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação junto ao Cbers-4 e ao Cbers-4A, ambos em parceria com a China.