Produtos básicos garantem recorde na balança
Valor Econômico - 03/01/2007
Os resultados das exportações e importações brasileiras de 2006 alcançaram recordes históricos fortemente influenciados por produtos básicos ou manufaturados de pouco valor agregado, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento. Petróleo e derivados, açúcar e álcool responderam, sozinhos, por quase um terço do aumento de US$ 19,2 bilhões nas vendas externas do país, entre 2005 e 2006. Mais da metade do crescimento nas vendas externas se deve a esses produtos, somados às exportações de minérios, papel e celulose e carnes. Um forte crescimento nas vendas de aviões da Embraer (US$ 551 milhões no mês) e outros produtos, alvo de esforço das empresas para cumprir contratos ainda no ano fiscal de 2006, impulsionou as exportações em dezembro, e elas chegaram a US$ 12,2 bilhões, 23,5% a mais que no mesmo mês de 2005. Com isso, invertendo a tendência do ano, as importações cresceram menos que as exportações, 21%. As exportações, no ano, superaram as expectativas e alcançaram US$ 137,5 bilhões, um aumento de 17,1% em relação a 2005. O ministro interino do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, previu que, em 2007, as exportações deverão aumentar menos, cerca de 10% e chegar a US$ 152 bilhões, o suficiente para manter a fatia do país no mercado internacional - que, segundo Ramalho, deve crescer na mesma medida. Embora tenham sido os industrializados os maiores responsáveis pelo bom desempenho, as exportações de manufaturados que tiveram maior crescimento em relação a dezembro de 2005 foram açúcar refinado (166,7%) e polímeros plásticos (136%), óleos combustíveis (112,3%) e álcool etílico (108%).