03/10/07 14h47

Produtividade da indústria sobe 3,5% em 3 anos, diz Iedi

Folha de S. Paulo - 03/10/2007

A produtividade do trabalho na indústria brasileira cresceu 3,5% em média entre 2004 e 2006, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial). No primeiro semestre do ano a evolução da produtividade chegou a 3,7%. Caso o crescimento da produtividade no primeiro semestre se mantenha para o resto do ano, e que o crescimento neste ano alcance algo como 3,5%, a indústria brasileira completará quatro anos de crescimento ininterrupto, com média de 3,6%, aponta o estudo do instituto. O índice de produtividade teve altas de 6,1% em 2004, 2,1% em 2005 e 2,5% em 2006. Segundo o Iedi, ao contrário do que sugerem os analistas, que pedem a ampliação da produtividade a uma taxa maior para compensar a alta do real diante do dólar -que, neste ano, é de cerca de 10%-, o ritmo de evolução não é baixo. Pelo contrário, diz o levantamento, "é bastante expressivo para padrões internacionais". Segundo o estudo, uma análise setorial dos resultados relaciona o crescimento de produtividade ao da produção. Nos seis primeiros meses do ano, o setor de maior expansão de produtividade, o de máquinas e equipamentos, com alta de 13%, teve aumento de produção de 17,4%. No ano passado, o setor registrou expansão de produtividade de 9,6%. Para o Iedi, o desempenho de máquinas e equipamentos é indicativo de que a indústria está "em fase importante de modernização e atualização de seu padrão de competitividade". "Aumentar a produtividade é positivo porque amplia a competitividade e permite aumentos nos rendimentos de salário sem pressão inflacionária", diz o relatório do Iedi. "É melhor ainda quando vem acompanhada de aumento de emprego porque dessa maneira evita a oposição entre modernização industrial e ampliação das oportunidades de trabalho". Fabricação de meios de transporte também segue na mesma linha, com avanços da produtividade de 4,9% e da produção de 9,5%. A seguir, vêm metalurgia básica, com alta da produtividade de 3,8%, e indústrias extrativas, com 3,7% -ampliações da produção de 8,2% e 5,7%, respectivamente. No primeiro semestre, a produtividade aumentou ou foi mantida em 16 das 18 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).