05/06/09 14h31

Produção paulista cresce 1% puxada por automóveis

O Estado de S.Paulo - 05/06/2009

Impulsionada pelo setor automobilístico, a produção da indústria paulista cresceu 1% em abril em relação a março, a quarta alta consecutiva sobre mês anterior - resultado semelhante ao nacional, de 1,1% no mesmo período. Mesmo assim, a produção no Estado de São Paulo, que exerceu o principal impacto positivo no desempenho da indústria do País no período, ainda acumula queda expressiva, de 14,4%, em relação a setembro de 2008, último mês de bonança nos resultados industriais antes do agravamento da crise internacional.

Além disso, a produção no Estado, responsável por mais de 40% da atividade do parque industrial brasileiro, caiu 15,4% no primeiro quadrimestre ante igual período do ano passado, o maior recuo em 18 anos. O economista da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) André Macedo explicou que a produção de São Paulo ficou tão próxima da média nacional por causa do peso do segmento de veículos automotores, que puxou o resultado da indústria no País em abril. A fabricação de automóveis é um dos principais segmentos da indústria paulista.

São Paulo também deu a principal contribuição regional, mas em sentido negativo, para o resultado comparativo a abril do ano passado. Nesse confronto, a queda na indústria paulista foi de 16,2% - pior do que a média nacional, de -14,8% - e refletiu o desempenho negativo de 15 dos 20 ramos investigados, com destaque para máquinas e equipamentos (-36,5%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-60,3%) e veículos automotores (-23,5%). Por outro lado, alimentos (7,4%), outros equipamentos de transporte (16,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (7,9%) tiveram os principais aumentos na indústria paulista ante igual mês do ano anterior.

Segundo André Macedo, os dados comparativos a iguais períodos do ano passado têm sido negativamente influenciados não apenas pela crise, mas também por uma base de comparação elevada e o efeito calendário, já que abril deste ano apresentou um dia útil a menos que no ano passado.