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Produção industrial cresce em agosto em dez regiões, aponta IBGE

Valor Econômico - 10/10/2007

A produção industrial cresceu em dez das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de julho para agosto. Na semana passada, o instituto divulgou que a produção industrial brasileira avançou 1,3% no período, superando expectativas do mercado. As maiores altas vieram dos Estados do Amazonas (7,5%) e Espírito Santo (6,4%). O Estado de São Paulo, que detém o maior peso na estrutura do índice, apresentou expansão de 0,4%. A atividade industrial só não cresceu no Rio Grande do Sul (-0,2), Região Nordeste (-0,2) e Bahia (-2,6%). No Rio a atividade ficou estável. No confronto com o mesmo mês do ano passado, a atividade industrial cresceu em 12 das 14 áreas consultadas. O Espírito Santo liderou a expansão, com alta de 22,1%. São Paulo e Rio Grande do Sul apresentaram crescimento de 6% - abaixo da média nacional (6,6%). Por outro lado, as indústrias de Goiás e Ceará recuaram nessa comparação. Nos oito primeiros meses do ano a produção industrial cresce em quase todas as 14 áreas pesquisadas pelo IBGE. A exceção fica por conta da indústria do Ceará. Com uma indústria fortemente concentrada em segmentos alimentícios e têxteis, a indústria cearense apresentou recuo de 0,4% até agosto. A indústria avança neste ano sustentada por ramos que se beneficiam da fartura de crédito e do aumento da massa salarial, como automobilístico e de alimentos, além de segmentos ligados à exportação, ao setor agrícola e a bens de capital. Os Estados com maior destaque no ano são: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina e Pernambuco. São Paulo exerce a principal contribuição para o resultado do país mesmo abaixo da média nacional - o Estado apresenta alta de 4,7%, enquanto a indústria nacional cresce 5,3%. Já Minas Gerais, que detém cerca de 10% da estrutura da indústria nacional, apresenta o segundo maior impacto, com alta de 8,7%. Os maiores avanços no Estado vêm dos segmentos de automóveis, minério de ferro, inseticidas, metalurgia e celulose.