07/04/08 10h38

Produção industrial cai em 5 de 14 locais pesquisados

Valor Econômico - 07/04/2008

Das 14 localidades investigadas pelo IBGE, cinco tiveram recuo na produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro. Entre essas, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, que respondem por cerca de 60% do total da indústria nacional, exerceram as pressões negativas mais relevantes, com declínio respectivo de 1,5%, 1,6% e 0,9%. A produção no Amazonas e Paraná também cedeu em fevereiro, em 2,4% e 1,5%, respectivamente. No primeiro caso, a retração colocou fim a dois meses seguidos de avanços. Entre janeiro e fevereiro, a indústria brasileira registrou recuo de 0,5% na produção. No lado do crescimento, os destaques ficaram com Ceará (3,4%) após quedas por três meses seguidos, Bahia (2,8%) e região Nordeste (2,7%). Em São Paulo, a queda de 1,5% em fevereiro na produção industrial seguiu um avanço de 2,8% em janeiro. No confronto com fevereiro de 2007, a produção cresceu 10,1%, a 14ª taxa positiva consecutiva, e o índice acumulado no primeiro bimestre subiu 11,5%. O aumento de 10,1% sobre fevereiro de 2007 está apoiado no desempenho de 16 dos 20 ramos investigados. Veículos automotores (18,5%), máquinas e equipamentos (21,1%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (37,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (37,1%) e outros produtos químicos (16,7%) exerceram as contribuições mais significativas. Por outro lado, não fosse a forte redução da indústria farmacêutica (32,0%), com resultado atípico fortemente influenciado por uma paralisação técnica em grande empresa do setor, o índice global teria sido ainda mais elevado. Levando em conta o confronto entre fevereiro deste ano com fevereiro de 2007, quando a produção industrial cresceu 9,7% no país, as 14 áreas analisadas pelo IBGE revelaram ampliação na atividade das fábricas, especialmente Pernambuco (18,8%) e Goiás (18,1%), beneficiados pelo setor de alimentos. No primeiro bimestre, todas as regiões investigadas também verificaram elevação na produção industrial; em nove delas, o avanço superou a média nacional (9,2%).