30/05/11 14h05

Produção de transformados deverá crescer mais que a economia até 2012

DCI

A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) aposta em um crescimento de 6% na produção de plásticos este ano. Para 2012, a previsão é de alta de 5%, ambos indicadores estão acima da previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para os respectivos anos. O consumo aparente de transformados plásticos deverá alcançar 6,4 milhões de toneladas em 2011 e 6,9 milhões de toneladas no ano que vem.

De acordo com o presidente da entidade, José Ricardo Roriz Coelho, a perspectiva para o setor é positiva. Mesmo com esse tom otimista, a previsão é de que o faturamento recue para cerca de R$ 35 bilhões (US$ 21,9 bilhões) em 2011, queda de 14,6% ante os R$ 41 bilhões (US$ 23,3 bilhões) registrados em 2010. As importações deverão continuar crescendo, podendo chegar a 700 mil toneladas.

Para Roriz, a demanda interna aquecida também contribuirá para elevar a participação das importações no setor. No ano passado, o mercado nacional foi responsável por transformar mais de 5,9 milhões de toneladas de resinas termoplásticas, o que resultou em um crescimento médio de 9%. "A balança comercial continuará deficitária", afirmou ele. Além das importações, que no ano passado somaram mais de US$ 2,8 bilhões contra aproximadamente de US$ 1,4 bilhão de exportação de transformados plásticos, outra preocupação do setor são os custos da sua principal matéria-prima: o petróleo.

Roriz explica que com a alta do preço do petróleo as resinas ficam mais caras e o produto final acompanha essa elevação de preços o que leva a perda de rentabilidade pelo não repasse de todo o valor. No ano passado, o faturamento da indústria brasileira de transformação do plástico, estimulado pelo consumo interno, cresceu 17% em relação a 2009, saltando de R$ 35 bilhões (US$ 17,8 bilhões) para R$ 41 bilhões (US$ 23,3 bilhões).

O consumo aparente (vendas internas mais importações), por sua vez, totalizou 6,2 milhões de toneladas de plásticos, alta de 20% ante 2009. Os setores que mais impulsionaram a demanda foram o alimentício, de construção civil e embalagens diversas. Do total, 10% foram supridos pelas importações.