06/11/09 11h48

Produção de plástico volta a crescer no País

DCI

As indústrias de plástico brasileiras terão aumento no faturamento bruto dos próximos anos, depois da queda de 17% sofrida no primeiro semestre de 2009, em relação ao mesmo período de 2008. A projeção é do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Merheg Cachum. A diretoria da entidade acredita que, com a recuperação da economia mundial a indústria de plástico no Brasil e no Estado de São Paulo deve aumentar sua receita.

O faturamento bruto do setor neste primeiro semestre foi de R$ 644 milhões (US$ 374,4 milhões), enquanto em 2008 o faturamento de janeiro a julho foi de R$ 800,1 milhões (US$ 437,2 milhões). Diz o presidente da Abiplast: "Todo o setor no Brasil terá crescimento. Sem dúvida a tendência, não digo este ano, mas nos próximos anos, é de forte crescimento. Não só as empresas, mas o governo, estão lutando por isso".

Merheg Cachum frisou que os principais fatores que vão contribuir para a retomada do crescimento do setor, que congrega cerca de 11.500 indústrias são: os incentivos fiscais, garantidos pelo governo federal; a exploração da autossuficiência em matérias primas como vantagem competitiva em relação a outros países; e o programa Export Plastic, que visa criar uma cultura de exportação entre as indústrias.

Para ele, grandes eventos internacionais como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 também devem fomentar o setor de plástico, com o aumento da produção de brindes, como bandeiras. De acordo com a Abiplast, cerca de 48% das 11.500 empresas do país, estão localizadas em São Paulo, que além de ser o estado que concentra o maior número de empresas do setor, é lar de algumas das indústrias de alguns dos setores mais competitivos do país.

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2008 mostram que os principais destinos de exportação do plástico brasileiro atualmente são os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul): Paraguai, Uruguai e Argentina, com 31% das exportações; os países da Associação Latino Americana de Integração (Aladi) com 23%, de países sul-americanos que não participam do Mercosul; a União Europeia, com 22%; e os Estados Unidos, com 10% do volume de exportações.