Prefeitura tem interesse em retomar Parque Tecnológico
Parque Tecnológico Zona Leste está paralisado desde 2010; gestão paulista vai dar continuidade ao projeto que deve estar em operação em meados de 2019
DCI - Comércio Indústria & ServiçosO projeto de implantação de um parque tecnológico na Zona Leste da capital paulista pode finalmente sair do papel após oito anos parado. A intenção da Prefeitura de São Paulo é que o empreendimento esteja pronto e em funcionamento em meados de 2019.
O secretário municipal de Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel, afirmou que o projeto do parque será retomado. Em 2010 a Prefeitura de São Paulo protocolou junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado o interesse na construção do Parque Tecnológico Zona Leste. A secretaria repassou, por meio do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec), R$ 300 mil reais para a prefeitura contratar uma empresa para realizar os estudos de viabilidade.
O estudo foi entregue à administração em 2011, por enquanto, apenas uma unidade Fatec está em funcionamento na área, localizada na Avenida Miguel Ignácio Curi, em Itaquera, próximo à estação de metrô Corinthians-Itaquera.
“São Paulo tem um grande potencial para abrigar um complexo tecnológico, pois conta com diversas universidades, institutos de pesquisa e centros tecnológicos de ponta. Precisamos (Prefeitura) reunir isso em um local que dê suporte para o desenvolvimento dessas potencialidades”, disse o secretário sinalizando a importância de retomar o projeto para o desenvolvimento da capital e, em especial, da Zona Leste da capital.
Segundo Eliseu Gabriel, a região possui uma população grande, de mais de 3 milhões de habitantes, mas poucos empregos. “A maioria dos moradores trabalham no centro da cidade e moram nas regiões periféricas, gerando desproporcionalidades no desenvolvimento da cidade”, disse. Desde 2013, a Zona Leste é contemplada pela Lei do Programa de Incentivos Fiscais que concede isenção, por um período de 20 anos, de 50% do IPTU e do ITBI e 60% do ISS para incentivar as empresas se instalarem no local gerando emprego e renda para a região leste da cidade.
Eliseu Gabriel disse que o complexo será construído em parceria com a iniciativa privada. Em relação ao orçamento do empreendimento, o secretário preferiu não estimar o valor porque “o custo vai depender de uma série de fatores que ainda precisam ser definidas pela gestão”.
Segundo a gerente do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos do Governo do Estado, Margareth Leal, o valor ideal para a construção e operação de um parque tecnológico gira em torno de R$ 200 milhões. “A gestão passada teve dificuldades em prosseguir com o projeto por problemas internos e econômicos devido à crise, mas estamos positivos (Estado) com a retomada do parque pela nova gestão porque Eliseu Gabriel foi secretário na gestão Kassab e acompanhou todo o processo desse empreendimento”, comentou a gerente.
A Prefeitura possui um credenciamento provisório no SPTec e, para conseguir o definitivo, precisa indicar uma entidade gestora. Eliseu Gabriel informou que a Prefeitura já iniciou a procura pela entidade. De acordo com a gerente do SpTec, geralmente o prazo, do registro da intenção da implantação do Parque ao funcionamento, é de 4 anos. A Prefeitura já levou mais do dobro de tempo para a instalação do complexo na Zona Leste, que terá vocação voltada para gestão e logística, têxtil e moda, tecnologia da informação e gerontologia.