14/09/09 10h47

Pouco conhecida, CSC inicia plano de expansão no Brasil

Valor Econômico

O pedido de recuperação judicial da consultoria Bearing Point nos Estados Unidos, ocorrido em fevereiro, foi a oportunidade que a CSC procurava para colocar em prática o plano de expansão de suas atividades no Brasil. Com a situação difícil da Bearing Point, as subsidiárias foram colocadas à venda e a CSC adquiriu a filial brasileira. "Estávamos procurando alternativas há mais de um ano e ficamos muito contentes de a negociação dar certo", diz David Booth, presidente de vendas e marketing global da empresa americana, especializada na terceirização de serviços de tecnologia da informação (TI).

O negócio fez a CSC sair de uma atividade tímida no Brasil, com algumas dezenas de profissionais, para uma estrutura com 700 pessoas, que pode dobrar de tamanho em um período de 3 a 5 anos. "Vai depender da demanda do mercado", diz Booth. O executivo não revela o montante do investimento que será feito no Brasil, nem o valor pago pela Bearing Point.

Além da infraestrutura, a aquisição dá à CSC um ativo menos tangível, mas muito importante no mercado de consultoria e serviços de TI: o reconhecimento de marca. A empresa é uma gigante com 92 mil funcionários espalhados por 80 países. O faturamento no ano fiscal mais recente somou US$ 16,7 bilhões, com lucro líquido de US$ 1,1 bilhão. Apesar disso, pouca gente conhece a CSC no Brasil.

No primeiro momento, a estratégia ficará focada no atendimento a 30 clientes comuns entre as duas companhias e outras 50 contas globais da CSC, que passarão a ser atendidas também no Brasil. A ideia é ampliar os contratos existentes e fornecer serviços de terceirização, que não eram ponto forte da Bearing Point. O processo de internacionalização das empresas brasileiras será um impulsionador dos negócios, diz Booth. "Elas poderão se aproveitar da nossa estrutura global e do nosso conhecimento de outros mercados", afirma o executivo.