Portal concentra dados sobre diferentes setores
Valor EconômicoCom o intuito de fomentar as exportações das empresas, de diferentes setores, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) tem em sua página on-line uma série de informações e publicações para os empresários que já exportam ou que pretendem acessar novos mercados no exterior.
No último trimestre de 2015, o portal "Aprendendo a Exportar" (http://www.aprendendoaexportar.gov.br/inicial/index.htm#this) registrou 325 mil visualizações, com 107.270 usuários. Boa parte dos acessos (43,7%) é proveniente do Estado de São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro (10,7%) e Rio Grande do Sul (9,6%).
"O objetivo do 'Aprendendo a Exportar' é contribuir para a expansão da base exportadora brasileira, buscando, principalmente, maior participação de micro, pequenas e médias empresas, dispostos a iniciar sua caminhada rumo ao mercado internacional", informa o Mdic, por meio da assessoria de imprensa.
No portal, as informações às empresas exportadoras estão em links específicos para cada setor (calçados, alimentos, artesanato, confecções, flores e plantas, móveis, máquinas e equipamentos, gemas e joias, pescados). Nesses diferentes ramos de atuação, se encontra respostas para as dúvidas: por que exportar, como planejar a exportação, como exportar, onde buscar apoio, simulador de preço de exportação, identificação de potenciais mercados, fatores locais geográficos, fatores políticos e econômicos, entre outros dados.
Diferentes entidades - como Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sebrae Senai e Federações das Indústrias - contribuíram para as informações reunidas no portal. Segundo dados do Mdic, o público que utiliza os produtos da série "Aprendendo a Exportar" é composto, de modo geral, por empresários, estudantes, profissionais da área de comércio exterior e funcionários de instituições que atuam nesta área.
"Temos que aproveitar o câmbio para exportar", tem afirmado o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro, em diferentes eventos realizados no país pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Mdic. As informações do portal "Aprendendo a Exportar" vão de encontro a esse objetivo. As informações também são distribuídas em DVDs em eventos e palestras, e como material didático aos participantes dos treinamentos e cursos realizados em diferentes programas.
Para o gerente de acesso a mercados e serviços financeiros do Sebrae nacional, Alexandre Comin, é muito importante, antes de começar a exportar, o empresário pesquisar, buscando empreendedores mais experientes, dados oficiais sobre onde estão as melhores oportunidades e, no caso das micro e pequenas empresas, obtendo apoio do Sebrae em seu Estado.
Comin explica que o Sebrae apoia o pequeno empresário que tem interesse em acessar o mercado internacional por meio de consultorias, cursos e informações. "Ao todo, 18 instituições oferecem produtos e serviços aos empresários, visando apoiar e fomentar as exportações brasileiras", diz.
O Sebrae tem ações em parceria com a Secex, do Mdic, e apoia os Encontros de Comércio Exterior (Encomex), promovidos com o intuito de estimular maior participação do empresariado brasileiro, em particular do micro e pequeno, no contexto internacional, e o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), cujo objetivo é aumentar o número de empresas que vendem seus produtos no mercado internacional, explica Comin.
"Todo o processo de exportação, até a chegada da mercadoria ao cliente no outro país, pode levar de seis a nove meses. Por isso, quando o empresário decide exportar, tem de estar ciente de que não é uma operação de curto prazo. A decisão de exportação não deve estar vinculada somente ao momento atual do real depreciado, mas deve estar dentro do planejamento estratégico da empresa", afirma o diretor internacional da Associação Brasileira de Franchising (ABF), André Friedheim.
Na avaliação de Comin, é essencial que o empresário elabore o seu plano de internacionalização, que é como um plano de negócios. Esse é um documento que, uma vez elaborado, se converte na linha mestra em que os empreendedores, os executivos e todos aqueles que irão colocá-lo em prática devem se basear.