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Ponto-de-venda muda para atender à classe C

DCI - 10/04/2008

Adotar uma comunicação direta, fácil e que faça com que o impulso, na hora da compra, que costuma ser de 80% no ponto-de-venda (PDV), tenha impacto maior, principalmente nas classes C, D e E, que têm apresentado maior poder aquisitivo, é uma forte tendência no varejo, que passou a adotar até tevês dentro das lojas, para divulgar os produtos. A Armarinhos Fernando mudou o conceito de sua loja ao oferecer maior capacidade para os clientes circularem, em um ambiente com 700 metros quadrados, com escada rolante e corredores largos para a melhor disposição dos produtos e melhor visualização de itens e preços - comunicação fácil e direta. Com planos de manter os PDVs mais compactos, com áreas de 700 a 1.000 m², o home center da construção Dicico tem forte cultura de supermercado herdada pelo sócio majoritário Dimitrios Markakis, antigo proprietário da extinta rede Cândia. A empresa segue a tendência das grandes redes de auto-serviço, que há dois anos se voltaram para as lojas de bairros, e implantou desde o ano passado 12 lojas menores em cidades de até 300 mil habitantes. No próximo sábado inaugura uma loja em Guaratinguetá (SP). Como a concorrência no auto-serviço está cada vez maior, as empresas começam a esconder o jogo e, na maioria dos casos, dizem que a meta é manter o perfil das lojas guardando seus planos de layout a sete chaves. Mas não foi o que aconteceu, recentemente, com Pão de Açúcar, Wal-Mart e Carrefour, ao anunciarem a instalação de tevês de plasma dentro das lojas para atingir ao consumidor de forma visual e rápida. Ainda assim, o diretor da área de expansão da redeTodo Dia, Marcelo Figueiredo, afirmou que sua bandeira (parte da cadeia Wal-Mart) não tem feito -e nem fará, em princípio- grandes mudanças. As modificações, conforme relatou Figueiredo, foram feitas em 2006, quando houve a compra da rede Bom Preço e de sua rede de lojas menores situadas em bairros populares, a Balaio. "Foram realizados pequenos ajustes de sortimento nos itens básicos e ofertas de produtos, sazonalmente, como nas utilidades domésticas. Agora estamos evoluindo com os mesmos protótipos das lojas que já tínhamos e as cinco novas do ano passado."