17/06/14 11h51

PMEs brasileiras dão mais importância à tecnologia que alemãs, diz pesquisa

segs.com.br

A MasterCard acaba de fechar um estudo realizado com mais de 1000 PMEs localizadas em quatro mercados globais: Canadá, Brasil, Alemanha e África do Sul. O objetivo do levantamento foi verificar como as pequenas e médias empresas se relacionam com a tecnologia, incluindo interfaces com o cliente e back-office.

As pequenas e médias empresas brasileiras tiveram destaque na pesquisa: 92% dos microempresários brasileiros consideram tecnologia um elemento vital para tocarem seus negócios, enquanto menos da metade dos microempresários alemães (46%) dão essa importância à tecnologia. Em média, 56% dos microempresários brasileiros e canadenses usam smartphones para tarefas do dia a dia em seus empreendimentos, enquanto apenas 32% dos alemães e sul-africanos fazem o mesmo.

Entre os mercados pesquisados, a tecnologia é vista como equalizadora de oportunidades e facilitadora, mas, ao mesmo tempo, um grande desafio às PMEs para se nivelarem às gigantes de seus respectivos setores: 90% das pequenas e médias empresas pesquisadas estão online, mas apenas 20% têm um e-commerce efetivo, uma vez que a maioria não se sente plenamente confortável com os meios de pagamentos eletrônicos. Mediante esse cenário, as duas dificuldades mais citadas sobre a adoção de novas tecnologias foram, respectivamente: custo (46%) e falta/escassez de know-how (31%).

No Brasil, 81% das PMEs pesquisadas contam com website, porém apenas 20% fazem e-commerce, e 10% vendem por meio de outras plataformas online. Nesse universo, 9% declararam não ter qualquer presença online.

Quanto às formas de pagamento, a proporção nas PMEs brasileiras obedece a seguinte ordem: 29% de pagamentos via papel moeda, 11% em cheques, 22% em cartões de crédito ou débito, 1% em pontos móveis, 7% em pagamentos via celular (considerando SMS, contactless ou por proximidade) e 31% de outras formas de pagamento. Entre os países pesquisados, o Canadá é o que apresenta maior adesão de cartões de crédito ou débito: elas concentram 59% das proporções de pagamento, enquanto o papel moeda junto com o cheque concentram 31%.

Setores: Hotelaria e restaurantes foram identificados como os empreendimentos que mais investem em tecnologia para o consumidor final (8,1% da receita), bem como sistemas de back-office (11,8% da receita). Negócios relacionados à hospedagem, como hotéis e pousadas, são altamente propensos a utilizar plataformas como e-commerce e e-mail marketing. Enquanto isso, mais da metade dos restaurantes (51%) utilizam softwares de gerenciamento.

Independentemente da indústria ou localização, os desafios de comunicação e marketing mais citados estão relacionados a identificar e alcançar novos clientes: mais de 32% dos pesquisados afirmaram que ações de marketing e promoção via internet são mais desafiadores, enquanto 28% declararam que oferecer benefícios de fidelidade e ofertas direcionadas a clientes são particularmente trabalhosas.

De acordo com o vice-presidente de Aceitação da MasterCard, Alexandre Brito, o resultado da pesquisa apresenta o Brasil como referência do uso da tecnologia em PMEs tanto na América Latina quanto no mundo. “Mais de 90% dos nossos microempreendedores consideram a tecnologia um elemento vital em seu negócio. Esse número é consideravelmente superior aos demais países pesquisados, o que nos possibilita estudar e planejar ações personalizadas para auxiliar nosso empresariado a alavancar seus negócios e, ao mesmo tempo, proporcionar soluções diferenciadas à sua clientela”, analisa.

O estudo foi realizado entre agosto e novembro de 2013.