Planta de produção de hidrogênio deve ter investimentos de R$ 30 milhões em Piracicaba
A ideia é que a planta tenha sede na Fumep (Fundação Municipal de Ensino)
Folha da RegiãoO Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) apresentou ao prefeito Luciano Almeida e a uma comitiva da Fundação Municipal de Ensino (Fumep), proposta para a criação de uma planta-piloto para produção e distribuição de hidrogênio em Piracicaba, com uso voltado para a mobilidade e diversos setores industriais.
A planta, estimada em R$ 30 milhões, deve ter sede na Fumep, que no mês passado celebrou contrato de parceria com o Instituto. A ideia surgiu após a realização do 1º Seminário Internacional Nosso Futuro com Hidrogênio, idealizado e realizado pela Prefeitura no início deste mês.
A iniciativa proposta pelo IPT incluirá o município na rota paulista verde na viabilização de projetos com foco na descarbonização das cadeias produtivas, além de representar um avanço singular no ecossistema de inovação de Piracicaba e sua região metropolitana.
A obra será a 1ª planta-piloto do mundo criada dentro do conceito de HDS (Hidrodessulfurização), uma nova compreensão de estação de produção e distribuição do hidrogênio com capacidade de produção de 150kWe.
O prefeito Luciano Almeida ressaltou que um mundo novo de oportunidades se abriu após a realização em Piracicaba do Seminário Internacional Nosso Futuro com Hidrogênio. “A proposta do IPT é agora o 1º passo concreto para que a nossa cidade dê um salto tecnológico da cana de açúcar e etanol para o hidrogênio, a partir da construção de uma planta piloto que desenvolva fontes de produção e viabilize o nosso desenvolvimento tecnológico neste segmento”, frisou.
Ele também comentou que os setores de pesquisa e indústria, assim como a Fumep e os grandes consumidores de energia da região metropolitana devem se reunir para estudar a viabilização econômica deste projeto o mais rápido possível.
O diretor executivo da Fumep, Renato de Albuquerque Ferreira, disse que o acordo celebrado com o IPT serviu como um divisor de águas para toda a comunidade acadêmica, tamanho o leque de opções que se abriu para a troca de informações e desenvolvimento de pesquisa e desenvolvimento de base científico tecnológica nos próximos anos.
“A possibilidade da construção da planta piloto dentro da Fumep já estava sendo costurada nos bastidores há algum tempo. Agora precisamos nos mobilizar para viabilizar essa iniciativa que, com certeza, vai colocar o nome da Fumep e de Piracicaba num novo patamar mundial nas áreas de ensino, pesquisa e tecnologia”, informou Ferreira.