22/02/10 10h57

Plano prevê triplicar o giro do Porto de Santos

DCI

Para apresentar mudanças necessárias para o mercado de cargas no Brasil, e com enfoque principalmente na região portuária santista, foram apresentados no Terminal da Concais os estudos de Acessibilidade e o Plano de Expansão para o Porto de Santos. Obtidos segundo metodologia científica, pesquisas apuradas e amplo detalhamento, os dados contidos nos dois trabalhos permitirão programar com bastante precisão os rumos do Porto nos próximos 15 anos.

No lançamento do projeto estiveram presentes personalidades e especialistas no mercado de navegação, transporte e logística, dentre eles o ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, e diversas autoridades de governo e do setor portuário. Segundo Brito, o Plano de Expansão, que prevê triplicar a movimentação de cargas nos próximos 15 anos, caracteriza o cenário portuário nos três próximos quinquênios, considerando o momento atual, os principais projetos consolidados e os factíveis, abrangendo mercados de origem e destino, principais parceiros comerciais e PIB médio brasileiro e mundial, entre outras variáveis.

O resultado aponta, num aspecto otimista, uma movimentação de cargas de 230 milhões de toneladas em 2024. Atualmente, o Porto tem uma capacidade de atendimento de cerca de 115 milhões de toneladas e deverá fechar 2009 em torno de 82 milhões de toneladas. O estudo foi realizado pela Secretaria Especial de Portos e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A previsão para 2024 também mostra boas marcas de movimentação de projetos hoje em andamento.

Quanto ao estudo de acessibilidade, foram avaliadas as condições necessárias para que as vias de acesso ao Porto de Santos possam estar dimensionadas ao crescimento previsto para a movimentação de carga. O momento é de depuração dos dados apresentados, identificando-se os principais gargalos. Uma ação determinante será a mudança da matriz de transporte, principalmente para as cargas de curta distância, privilegiando o modal ferroviário, hidroviário (na Baixada Santista), esteiras transportadoras e dutovias, com o objetivo de desafogar o máximo possível o tráfego rodoviário.

Sobre o crescimento dos cruzeiros turísticos que partem do município, o ministro dos Portos, Pedro Brito, afirmou: "Vamos dar a Santos condições de dobrar o atendimento a passageiros".