Plano de reciclagem de lixo industrial avança em setor calçadista de Franca
Projeto possibilita comércio do lixo que é produzido pelo setor calçadista
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e InovaçãoA Faculdade de Economia e Administração de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) realizou um estudo propondo uma ampliação do modelo de gestão da indústria de calçados de Franca que vai possibilitar o comércio do lixo que é produzido pelo setor calçadista
O projeto se dará a partir da destinação dos resíduos e a reutilização dos produtos gerando novos insumos e valor de mercado. A proposta não é nova. Entretanto, a falta de diretrizes que impulsionariam a consciência ambiental, somada à falta de fiscalização dos órgãos competentes e aos altos custos dificultam os procedimentos. “Diversos resíduos que deveriam ser considerados Classe I estão sendo lançados em aterros sanitários para resíduos comuns, quando deveriam ser destinados a aterros industriais para resíduos perigosos. Ambientalmente, os aterros para resíduos Classe II não têm as características técnicas necessárias, inclusive de tratamento do chorume, para receberem resíduos Classe I” afirma a Profa. Sonia Valle Borges de Oliveira, orientadora do estudo.
Implantação
De acordo com Francisco Breda, autor do estudo, algumas entidades como a Prefeitura de Franca, a USP e o Sindicato das Indústrias Calçadistas de Franca (Sindifranca) tem se integrado para viabilizar tal modelo de gestão. “A princípio, estamos reestruturando a logística para a otimização dos resultados. Desta forma, adotamos um único local receptor para esse tipo de resíduo, o que possibilitou melhor tratamento do lixo, além da menor taxa de transporte. Ainda é um projeto embrionário mas já alcançamos resultados positivos.”
Ações da SDECTI
De acordo com o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI), Márcio França, a Secretaria oferece Programas de aprimoramento de processos de produção para micro, pequenas e médias empresas. “A Pasta, por meio da Subsecretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação proporciona o despertar da consciência do empreendedor para o aperfeiçoamento do seu produto, por meio de ações que visam atender aos padrões de qualidade vigentes – desde a concepção até o consumidor final – à demanda de mercado, inclusive internacional” afirma.