29/03/10 11h48

Pirelli vê mercado aquecido e acelera expansão no Brasil

Valor Econômico

Atenta aos prognósticos positivos para a indústria automobilística brasileira, que deve registrar recorde de produção neste ano, a Pirelli está acelerando os investimentos em expansão no país, com o objetivo de acompanhar o crescimento potencial na demanda por pneus. Ao longo deste ano, o grupo italiano informa que vai ampliar a capacidade em duas das cinco fábricas que opera no Brasil e contratará mais de 500 funcionários para suas linhas.

Os aportes programados para 2010 fazem parte do pacote de US$ 400 milhões destinados à América Latina entre 2008 e 2011 e também atendem à estratégia traçada pelo grupo para manter a liderança no mercado latino-americano, por faturamento, conquistada no ano passado. "Ser líder exige dedicação e esse é um caminho sem volta na nossa estratégia", afirma o principal executivo da Pirelli na América Latina, Guillermo Kelly.

Globalmente, conta o executivo, a Pirelli deverá investir € 300 milhões ao longo de 2010. "É o que o grupo terá para investir com o objetivo de acelerar o aumento de produção", afirma. Especificamente na América Latina, a meta, no prazo de dois anos, é elevar em 24% a capacidade instalada no segmento de pneus para veículos de passeio, que são fabricados na Venezuela, na Argentina e nas unidades de Feira de Santana (BA) e Campinas (SP), e em 20% no de pneus para caminhões, concentrada nas fábricas de Santo André (SP) e Gravataí (RS). Em Sumaré (SP), a Pirelli produz cordas metálicas (de aço) usadas na confecção de pneus.

Conforme Kelly, os primeiros meses de 2010 já indicaram que o mercado seguirá bastante aquecido. Segundo projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de veículos deverá alcançar 3,39 milhões de unidades neste ano, superando a marca histórica de 3,22 milhões de unidades em 2008. Embora não divulgue estimativas de faturamento para o ano no mercado latino-americano, a Pirelli já informou que espera crescimento de 10% até 2011, considerando-se os mais de US$ 2 bilhões faturados em 2008. Naquele ano, as receitas no Brasil superaram US$ 1,2 bilhão.