19/03/08 10h51

Philips implanta novo modelo de negócio no mercado brasileiro

Gazeta Mercantil - 19/03/2008

Para colocar em prática a estratégia global da Royal Philips Electronics de potencializar seus negócios na área médica - o setor apresenta hoje a maior lucratividade para a empresa e é o segundo em faturamento - e buscar maior crescimento nos países emergentes, a divisão de sistemas médicos da companhia holandesa adota um novo modelo de negócio no Brasil que visa, principalmente, ampliar as vendas para a rede pública de saúde e para hospitais e clínicas privados carentes de tecnologia, mas com poucos recursos para investimento. A subsidiária acaba de implantar no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo um sistema para armazenamento e distribuição digital de imagens médicas que, além dos equipamentos de raio X digital e da plataforma de tecnologia da informação, envolveu o fornecimento de serviços de consultoria de gestão, com sugestões que vão desde o diagnóstico das necessidades, melhora da produtividade e até planejamento estratégico para o cliente. O sistema foi implantado inicialmente no Instituto de Radiologia do HC (InRad), que faz cerca de 40 mil exames mensais. Em três meses, será estendido para o Instituto do Coração (Incor) e para o Centro de Oncologia. Até o final do ano todo o complexo do HC, que faz em torno de 800 mil exames de raio X por ano, deverá estar integrado ao sistema digital. O investimento no projeto ficou próximo dos R$ 5 milhões (US$ 2,84 milhões), e estima-se economias em torno de R$ 1,5 milhão (US$ 852,3 mil) por ano com a eliminação de custos com compras de filmes e revelações, além de um ganho de 30% em produtividade. Conforme o vice-presidente para a América Latina da Philips Healthcare, Daurio Speranzini, o mercado brasileiro de raio X digital ainda tem grande potencial a ser explorado, já que a maior parte da rede de saúde ainda utiliza o sistema analógico. Conforme Speranzini, a Philips é a única fabricante de raio X digital no Brasil e seu equipamento tem preço competitivo: custa em torno de US$ 130 mil, ou seja, cerca de um terço do valor de um aparelho importado e é 2,5 vezes mais caro em comparação ao sistema tradicional analógico.