25/04/07 12h04

Philips entra em novos mercados

Valor Econômico - 25/04/2007

A Philips quer dar uma cara nova à divisão de eletroportáteis e cuidados pessoais, mercado no qual a presença da marca holandesa ainda é muito mais tímida no Brasil do que em outros segmentos, como televisores. O argentino Marcelo Padovani, que assumiu em janeiro a vice-presidência dessa divisão para a América Latina, já traçou algumas estratégias. A empresa lançará este ano aspiradores de pó - categoria em que a Electrolux lidera com folga - e irá reforçar a sua linha para cabelos. No futuro, a Philips também entrará em um outro mercado no Brasil. A multinacional acaba de comprar a Avent, fabricante britânica de produtos para bebês, como mamadeiras e chupetas. Segundo Padovani, as oportunidades de crescimento da Philips no Brasil e na América Latina estão não em produtos consolidados, como liquidificadores, mas em categorias pouco exploradas ou quase inexistentes. A Philips mantém, no Brasil, o nome Walita. Muitas pessoas, porém, ainda não associam a marca à multinacional, o que levou a empresa a estampar as duas marcas nos produtos a partir deste ano. Mudar hábitos de consumo arraigados dos brasileiros tem sido uma árdua tarefa para Philips. Além de produzir TVs, a empresa também é uma grande fabricante mundial de aparelhos como barbeadores e depiladores elétricos. Até hoje, porém, a empresa não convenceu os brasileiros a abandonar as lâminas de barbear nem as brasileiras a desistir de fazer depilação com cera. No Brasil, só 3% dos homens utilizam barbeadores elétricos. Esse percentual é de 12% no Chile e de 30% na Europa. Os liquidificadores são outra preferência nacional. Os brasileiros utilizam o aparelho para tudo, ao contrário dos europeus, que usam processadores de alimentos, centrífugas ou misturadores de mão. Resultado: a divisão de eletroportáteis e cuidados pessoais respondeu só por 7% das vendas da Philips na América Latina em 2006, bem menos do que os 11% que representa mundialmente.