Petróleo, alimentos e Copa animam feiras de negócios
DCI
O crescimento dos setores de petróleo e gás, indústria de alimentos e a Copa do Mundo estão movimentando as organizadoras de feiras e eventos de negócios, que estimam crescer mais de 20% em 2010. Para ampliar sua participação, empresas como a Reed Exhibitions Alcantara Machado e a Brazil Trade Show apostam na consolidação deste mercado, com aquisição de novas feiras e ampliação do portfólio de eventos realizados.
Além de anunciar, dentre os principais eventos do ano que vem, a comemoração de 50 anos do Salão do Automóvel, a Reed Alcantara estima crescer 22%, acima da previsão anterior, de 15%. O crescimento se deve à entrada nos setores de petróleo, mercado editorial, ambiental e de turismo. Outra promotora de feiras, a Brazil Trade Expo (BTS) estima crescer 15% em 2010, também devido à ampliação dos setores da empresa, que este ano anunciou a aquisição da ForMóbile, voltada ao setor madeira-móvel. A empresa também comemora os resultados alcançados nos principais eventos, entre eles Fispal, Mercoagro, Tecnocarne e ABF Franchising Expo.
O crescimento do setor de eventos de grande porte abre portas para a entrada de novos players, como a AGS3, que aposta na realização de feiras para fornecedores da cadeia de petróleo e gás. Realizadora da Santos Offshore, a empresa espera vê passar de R$ 300 milhões (US$ 174,4 milhões) para R$ 400 milhões (US$ 232,6 milhões) em 2010 o volume de negócios gerados no evento - seu carro-chefe. A principal motivação são os investimentos que a Petrobras fará na Bacia de Santos e o advento do pré-sal.
De olho nas oportunidades de negócios com a Copa do Mundo, a Fagga Eventos /GL Events se uniu às empresas de marketing esportivo Traffic Sports e Football Sports Venture, do técnico Carlos Alberto Parreira, para realizar a Footecon 2009, nos dias 8 e 9 de dezembro, no Riocentro, no Rio de Janeiro. As empresas estimam que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil movimentará US$ 100 bilhões, que se somarão aos cerca de US$ 20 bilhões que a indústria do futebol já movimenta anualmente no País. Assim, o futebol aquecerá a economia brasileira com US$ 200 bilhões a US$ 210 bilhões no período de 2009 a 2014.
Até o final do próximo ano, a União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe) projeta a realização de 170 feiras de negócios, das quais já estão confirmadas 153 em 22 cidades brasileiras de 12 Estados. Deste total, 112 serão realizadas em São Paulo - principal polo de feiras do País.