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Petrobras irá investir US$ 5 bilhões em etanol e biodiesel até 2013

DCI - 08/05/2009

Miguel Rosseto, novo presidente da Petrobras Biocombustível, disse que a subsidiária da Petrobras vai definir, no prazo de dois a três meses, o projeto para a construção de uma nova fábrica de biodiesel, com investimento previsto de cerca de R$ 100 milhões (US$ 45.5 milhões) e capacidade de produção de até 150 milhões de litros do combustível por ano. A meta é destinar R$ 5 bilhões (US$ 2.27 bilhões) em investimentos diretos na produção de biodiesel e etanol até 2013. "Nos próximos dois a três meses nós teremos a definição sobre a fábrica porque o nosso objetivo é assegurar a execução destes investimentos ainda no ano de 2009", afirma Rosseto. "A quarta fábrica é uma unidade condicionada para processar até 120 mil toneladas ano de matéria-prima, o que deverá gerar uma produção de cerca de 140 a 150 milhões de litros de biodiesel por ano", acrescentou.

Rosseto disse, ainda, que a empresa trabalha para expandir a capacidade de produção das três unidades já existentes e que para isto investirá cerca de R$ 50 a 60 milhões (US$ 22.7 a 27.3 milhões). "Nós vamos investir um total de cerca de R$ 200 milhões (US$ 90.9 milhões) na área de biodiesel este ano. E, além da nova fábrica, vamos consolidar as três unidades de biodiesel já existentes", afirma Rosseto. Segundo o presidente da Petrobras Biocombusítvel, a meta é passar a produzir 250 milhões de litros de biodiesel nas três unidades. "Vamos dobrar a produção de Candeias [BA] e ampliar as unidades de Quixadá [CE] e Montes Claro [MG]. Além disso, vamos transformar as unidades experimentais em comerciais. O que vai ampliar em mais de 150 milhões de litros de biodiesel por ano a capacidade de produção", disse Rosseto.

O objetivo da empresa é chegar em 2013 produzindo cerca de 700 milhões de litros de biocombustível por ano. Rosseto disse ainda que a empresa, que opera hoje com a soja e o algodão na produção de biodiesel, já está condicionando as unidades para operar com girassol, dendê e sebo bovino. Vinte e cinco usinas de São Paulo e Mato Grosso do Sul estão juntando forças para vender seu etanol, reduzir custos e adquirir um maior poder de barganha em relação à determinação dos preços. A nova empresa, Brasil EBC, também vai reunir e distribuir informações sobre as condições de mercado para ajudar os associados a conseguirem o melhor acordo no momento da venda. "Queremos reunir informação para ajudar as usinas a tomarem as melhores decisões comerciais. Os preços do etanol se depreciaram nos últimos três anos", disse Fernando Perri, coordenador do EBC.