09/12/09 11h37

Petrobras define prioridades para exploração em 2010

Valor Econômico

A instalação de projeto piloto de produção no campo de Tupi e o início do teste de longa duração em Guará, ambos do pré-sal da bacia de Santos, serão o principal evento da área de exploração e produção da Petrobras em 2010. Atualmente a companhia produz 20 mil barris de petróleo por dia em Tupi através de um teste de longa duração, e esse volume será aumentado com a instalação de um projeto piloto que permitirá a produção de 100 mil barris por dia.

O diretor da área de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse que a empresa pretende instalar o piloto dois meses antes do previsto, em dezembro do próximo ano. "Estamos fazendo força para antecipar em um ou dois meses, mas a data é dezembro de 2010. Continuar com as perfurações, continuar na extensão, fazendo avaliação da acumulação de Tupi. O campo é muito grande", disse Estrella.

O diretor lembrou que será necessário perfurar mais seis poços na área de Tupi para completar a avaliação da área e concluir o plano de desenvolvimento da produção até dezembro. Esse é o prazo estabelecido no contrato de concessão para a declaração de comercialidade da área de Tupi junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Essa etapa é necessária para obter a concessão definitiva.

Além de Tupi, a Petrobras manterá o ritmo da atividade exploratória no pré-sal no próximo ano e já tem seis sondas de perfuração na área. Outro marco importante será o início do teste de longa duração em Guará, reservatório encontrado no bloco BM-S- 9 onde a Petrobras é sócia da BG e da Repsol. Guará receberá a plataforma Dynamic Producer, que está em obras em Cingapura, com capacidade para produzir até 30 mil barris por dia e entrada em operação marca para o primeiro semestre de 2010. A Petrobras também se prepara para perfurar um poço ao norte de Iara. A sonda Noble Paul Wolf já foi deslocada para procurar em área da União os 5 bilhões de barris de óleo que serão transferidos para a estatal através de cessão onerosa de direitos exploratórios. Questionado sobre os custos dos equipamentos, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a redução de preços não foi a esperada, sem citar percentuais.