21/12/10 11h04

Pesquisa mostra que 55% das indústrias pretendem investir mais

Valor Econômico

Sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV) indicou que o empresário industrial no Brasil está otimista com relação a 2011 e 55% das empresas programam investir mais em máquinas, equipamentos e área de produção do que no ano anterior. Essa é a maior proporção da série iniciada em 2005. Já a parcela de empresas projetando diminuição do volume de investimentos, de 15%, é a mais baixa desde 2008 (13%). A Sondagem de Investimentos da Indústria 2011 é a sétima edição do levantamento, sempre realizado nos meses de outubro e novembro. A pesquisa consultou 829 empresas, responsáveis por vendas de R$ 452 bilhões (US$ 265,9 bilhões).

A proporção de empresas que preveem investir mais em 2011 supera a verificada nos seis anos anteriores em todos os segmentos, exceto no de bens de capital, em que a proporção de empresas prevendo aumento do investimento no próximo ano (51%) é superada pela registrada nas previsões feitas para 2008 (63%). De 21 setores pesquisados, 15 apresentam saldos (diferença entre percentuais de empresas prevendo aumento e diminuição de investimentos) superiores aos de 2010, e seis, inferiores.

A previsão para a evolução dos investimentos no ano seguinte é também quantificada por faixas de crescimento ou de redução (de 0,1% a 5%; de 5,1% a 10%; de 10,1% a 20%; e mais de 20%). Entre as empresas que preveem investir mais, a faixa mais citada foi a de 5,1% a 10%, apontada por 33% das empresas. Crescimento superior a 20% no investimento foi previsto por 26% das empresas, diante de 33% no ano passado, enquanto 24% dos pesquisados preveem um aumento entre 10,1% a 20%.

A proporção de empresas que preveem crescimento das vendas no próximo ano (já descontada a inflação), aumentou de 69% para 72%, o segundo maior nível da série histórica, ficando abaixo somente da previsão feita em 2005 (79%). Já a parcela das companhias que projetam diminuição do faturamento em 2011 diminuiu de 8% para 6%. Nas categorias de bens de consumo duráveis e de materiais para construção, a parcela de empresas que pretendem aumentar as vendas em 2011 atingiu os níveis mais elevados da série: respectivamente, 84% e 81%.

As expectativas para contratações pela indústria em 2011 também são favoráveis. A parcela de empresas que pretende aumentar o total de pessoal ocupado subiu de 40% na pesquisa realizada em 2009 para 43% na sondagem deste ano. Já a proporção das que preveem reduzir o contingente de mão de obra diminuiu de 12% para 8% na mesma comparação. Entre as categorias de uso, a maior perspectiva de contratação de mão de obra é a das empresas produtoras de bens de consumo duráveis. Nesse segmento, 57% planejam ampliar o quadro de pessoal.