16/06/15 14h42

Pesquisa aponta Ribeirão como ideal para negócios

Pesquisa da FGV destaca microrregião como uma das mais competitivas do País, logística é destaque

A Cidade - Ribeirão Preto

A microrregião de Ribeirão Preto está entre as mais competitivas do País, segundo estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que ainda destaca São Paulo como o Estado com maior potencial competitivo. Os dados são do Perfil da Competitividade Brasileira, estudo inédito realizado em parceria com o jornal inglês Financial Times (FT).

Segundo o diretor da FGV Projetos César Campos Cunha, São Paulo se destaca em sofisticação nos negócios e em educação. “E também com muitas oportunidades nas cidades interioranas”, afirma.
Na pesquisa, Ribeirão ganhou destaque em Infraestrutura Social e em Logística, ocupando o 13º e 16º lugar no ranking das microrregiões, respectivamente.

“Ribeirão é polo de uma região em franco desenvolvimento. O estudo, além de dar base para a atração de novos investimentos, confere a segurança essencial para os negócios que já existem na região”, diz Edson Aparecido, secretário chefe da Casa Civil do Governo do Estatdo de São Paulo.

Radar

Para Marcelo Maçonetto, gerente regional do Centro das Indústrias do Estado (Ciesp), Ribeirão entra no radar de empresas externas. “É muito positivo, pois passa a ser uma opção”, diz.
Segundo o gerente, o município tem pontos a seu favor e que chamam a atenção de investidores.

“Passa pelas principais vias do País; tem um aeroporto regional com capacidade para se tornar internacional; tem um centro de excelência em educação que gera qualificação de mão de obra”, comenta.

Atrativos

Florivaldo Galina é diretor da brprocess - empresa da Supera Incubadora de Base Tecnológica - e explica que há dois anos mantêm uma parceria com uma multinacional sueca. “A infraestrutura criada pelo Parque Tecnológico propicia esse tipo de parceria. É esse ambiente que atrai as empresas de fora para parcerias ou para se instalarem na cidade.”

Já a Frelith, empresa de moda praia e íntima, está há dois anos em Ribeirão. “A ideia de expandir o negócio surgiu devido à ótima infraestrutura da cidade e por atrair consumidores dos municípios vizinhos”, afirma a gestora Sueli Pereira.

Estudo destaca São Paulo

A pesquisa constatou que o Estado de São Paulo tem 25 das 40 microrregiões mais competitivas do país, 60% do total. Os pesquisadores consideraram seis vetores principais: capital humano, qualidade de vida, instituições, ambiente de negócios, mercados e recursos naturais.

E outras 14 dimensões, que impactam diretamente na competitividade, entre elas, educação básica, ensino superior e técnico, infraestrutura social, saúde, sofisticação em negócios, performance no setor público, logística, mercado de trabalho e tamanho do mercado, sustentabilidade e outros.

Ribeirão ganhou destaque em Infraestrutura Social, ocupando o 13º lugar no ranking, o que engloba acesso à tecnologia e comunicação, à eletricidade e qualidade do transporte urbano; em Logística, 16º lugar, que retrata a qualidade das rodovias pavimentadas, movimento dos aeroportos, distância dos portos e aeroportos e fluxo de comércio.

Além disso, o município se também está entre as microrregiões mais bem colocadas em Educação Básica.

Cidade ainda precisa superar obstáculos

Apesar do bom resultado conquistado por Ribeirão Preto na pesquisa Perfil da Competitividade Brasileira, Marcelo Maçonetto, do Ciesp, acredita que ainda há muito há melhorar. “Ribeirão tem uma condição diferenciada, mas poderíamos estar anos à frente”, diz.

Para ele, o município peca quanto ao entrave político que envolve o aeroporto Leite Lopes e sua internacionalização; na falta de infraestrutura do Distrito Industrial; e falta de uma inteligência de informação para receber os interessados em investir na cidade.

“O Distrito é um ótimo espaço e que atrairia muitas empresas para a cidade, mas que deixa a desejar em infraestrutura”, comenta. “Mas, é fato que Ribeirão tem uma vocação, principalmente na área de saúde e tecnologia, e poderia atrair muitas empresas ligadas a esses setores”, conclui.