01/11/07 11h22

Perdigão antecipa tendência de fusões do setor

Gazeta Mercantil - 01/11/2007

A fusão da Perdigão S.A. e da Eleva Alimentos é apontada por analistas de mercado como um movimento que se tornará comum no agronegócio brasileiro: a concentração do mercado. Os frigoríficos bovinos já vinham com este apetite de compra, assim como as usinas sucroalcooleiras - ambos segmentos que tinham feito abertura de capital -agora outros ramos do campo também buscam ganhar escala, tornarem-se gigantes para competirem no mercado internacional. A compra - no valor de R$ 1,7 bilhão (US$ 977 milhões) será financiada com o aumento de capital da Perdigão e não deverá elevar significativamente o endividamento da empresa. Ontem, os presidentes das duas empresas detalharam a operação. Do total do negócio, apenas R$ 773,4 milhões (US$ 444,5 milhões) serão pagos em dinheiro e o restante em troca de ações. A Perdigão vai adquirir 46,23% dos papéis dos acionistas majoritários e minoritários com a emissão de 20 milhões de ações primárias. O restante será pago com a emissão de outras 20 milhões de ações, que serão trocadas - os acionistas da Eleva Alimentos terão 7,4% do capital da Perdigão, tornando-se os terceiros - atrás dos fundos Previ (14,16%) e Petros (10,87%). Nildemar Secches, presidente da Perdigão, explica que a primeira emissão será tão logo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorize e, a segunda, no início do ano que vem.