Pela quarta vez, a USP é a universidade mais empreendedora do Brasil, segundo ranking
A Universidade teve as maiores pontuações nas áreas de Extensão, Internacionalização e Capital Financeiro avaliadas na classificação da Confederação Brasileira de Empresas Juniores
Jornal da USPA USP é a universidade mais empreendedora do Brasil, segundo o Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE), organizado pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior). A pontuação obtida pela USP foi de 64,69, de um total de 100 pontos possíveis. A segunda colocada foi a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A Brasil Júnior é uma organização sem fins lucrativos que representa estudantes de todo o País inseridos em mais de mil empresas juniores. A entidade produz o ranking desde 2016 e a USP já ocupou o primeiro lugar em quatro das cinco edições realizadas pela entidade, em 2016, 2017, 2019 e 2023. Neste ano, 108 instituições de todo o Brasil participaram da avaliação.
Segundo a coordenadora do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida), Fátima de Lourdes dos Santos Nunes, tem havido uma dedicação da Universidade para pensar e promover iniciativas nesta direção. “Colocar a inovação como uma área adjunta da Pró-Reitoria de Pesquisa fortaleceu e fomentou esse tipo de ação. Também tem acontecido um trabalho muito forte da Agência USP de Inovação para oferecer treinamentos, cursos e envolver alunos nessas atividades”, afirma.
O ranking é feito a partir da coleta e análise de dados de três diferentes fontes: uma pesquisa de percepção dos estudantes; informações de embaixadores – alunos voluntários – e referências de fontes secundárias em bases de dados complementares. Mais de 4 mil estudantes foram ouvidos a respeito de quais características contribuem para que uma instituição seja mais empreendedora.
A análise considera como instituição empreendedora “a comunidade acadêmica inserida em um ecossistema favorável, que desenvolve a sociedade por meio de práticas inovadoras”. Os critérios de avaliação, chamados também de dimensões, envolvem Cultura Empreendedora, Inovação, Extensão, Internacionalização, Infraestrutura e Capital Financeiro. A USP fica em primeiro lugar em três das dimensões: Extensão, Internacionalização e Capital Financeiro.
As dimensões de Cultura Empreendedora, Inovação e Extensão tendem a medir o que substancialmente influencia no grau de empreendedorismo de uma instituição. Já as dimensões de Internacionalização, Infraestrutura e Capital Financeiro são aqueles que medem os meios, proporcionando as melhores condições para o desenvolvimento do protagonismo acadêmico.
A divulgação das instituições vencedoras foi realizada em uma cerimônia na Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 17 de novembro. Além de Fátima, a USP foi representada pelo vice-diretor da Auspin, Emanuel Carrilho, que também é professor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC). Na ocasião, a coordenadora do estudo da Brasil Júnior, Rafaella Leoncio Nascimento Bezerra, ressaltou o caráter amplo da avaliação. “Quando falamos sobre uma instituição empreendedora, falamos de toda uma comunidade e de um ecossistema, por isso não olhamos apenas para dados administrativos, mas também para a percepção dos discentes”, considerou. “Queremos que todo o poder público olhe para a educação empreendedora e veja como nós podemos continuar contribuindo para a educação deste País”, concluiu.